domingo, 19 de setembro de 2010

Escolas públicas estaduais e da rede municipal do Rio paralisaram atividades hoje e realizaram manifestação

Nesta quinta-feira (16), os profissionais das escolas públicas estaduais e da rede municipal do Rio de Janeiro realizaram uma paralisação conjunta de 24 horas. A educação realizou uma marcha, da Candelária até a Cinelândia, com a presença de cerca de mil pessoas, em defesa da escola pública e dos serviços públicos de qualidade e contra a reforma da previdência do prefeito Eduardo Paes, contida no Projeto de Lei Constitucional nº 41. Ao final da marcha, na Cinelândia, foi realizado um ato, com o lançamento de um manifesto.

O movimento vai realizar uma assembleia conjunta, com a participação dos demais servidores e setores da sociedade, ainda em data a ser definida, para a implementação do Fórum em Defesa da Ensino Público.

A situação da rede estadual é muito grave: os profissionais de educação do estado têm mais de 60% de perdas salariais; mais de 20 professores, entre aposentados e exonerados, abandonam as salas de aula por dia; a grade curricular foi rebaixada para disfarçar a falta de professores; o governo aplica o mínimo de recursos em educação; existe uma enorme carência de funcionários administrativos; um superfaturamento de equipamentos; e vem ocorrendo um desmonte do primeiro segmento (pré à 4ª série).

Os servidores municipais exigem: o fim do PLC 41; o pagamento da dívida com o FUNPREVI; o cumprimento das responsabilidades do Tesouro Municipal com a Previdência dos servidores; e uma audiência pública na Câmara para a prestação de contas e debate com os servidores.

A educação pública reivindica também 22% de reajuste salarial para cobrir as perdas salariais. Um estudo do Dieese comprova que a prefeitura está longe do limite prudencial que exige a Lei de Responsabilidade Fiscal. Dessa forma, poderiam ser gastos quase R$ 1 bilhão a mais em 2010, com um reajuste salarial bem melhor que o de 4,21% concedido por Eduardo Paes.

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