domingo, 5 de setembro de 2010

De identidade à desigualdade

(textos sobre a discussão do bimestre)
IDENTIDADE: “conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa (nome, idade, sexo, estado civil, filiação, etc.”. Ela é relacional, carregada de símbolos e está vinculada a condições sociais e materiais. Essa identidade nos fala, então, sobre a cultura, a época, as relações sociais e psíquicas as quais o indivíduo foi e/ou é submetido, ou seja, ela é também uma intersecção de diferentes componentes. É através dos significados produzidos por estas relações que encontramos sentido para aquilo que somos ou, ainda, para aquilo que podemos nos tornar.
Para falarmos em identidade precisamos falar também de diferença. A nossa identidade, muitas vezes, é descrita a partir do que ela não é. São essas diferenças utilizadas para promover classificações ou agrupamentos (ex: identidade nacional), que possibilitam divisões do tipo: nós/eles. Dessa forma, ao contrário do que possa parecer, identidade e diferença não são conceitos antagônicos; além de serem interligados, partilham uma importante característica, a de serem resultantes de uma atividade lingüística. Isso equivale dizer que não são essenciais, não são elementos naturais que estão a espera de se revelar ou serem descobertos. Ambos, para existir, precisam ser ativamente criados ou produzidos. Somos nós que criamos identidades e diferenças nas nossas relações sociais e culturais. Sob essas influências e diferenças, as posições que assumimos e com as quais subjetivamente nos identificamos, constituem nossas identidades.

ALTERIDADE: “qualidade de ser outro”, relação com um outro no qual não nos vemos refletidos. É oposto de identidade.

LINHAGEM OU GENEALOGIA: Linha de parentesco que estabelece um vínculo contínuo de descendência entre pessoas de várias gerações, podendo servir para a identificação de um grupo.

ETNIA: Refere-se à classificação de um povo ou de uma população de acordo com sua organização social e cultural, caracterizadas por particulares modos de vida.

ETNOCENTRISMO: sentimento genérico das pessoas que preferem o modo de vida do seu próprio grupo social ou cultural ao de outros. Visão de mundo na qual o centro de todos os valores é o próprio grupo a que o indivíduo pertence.

RAÇA: só há sentido usar o termo “raça” numa sociedade marcada pelo racismo. Do ponto de vista científico não existem raças humanas; há apenas uma raça humana. No entanto, do ponto de vista social e político é possível (e necessário) reconhecer a existência do racismo enquanto atitude.

RACISMO: É uma doutrina que afirma não só a existência das raças, mas também a superioridade natural e, portanto, hereditária, de umas sobre as outras. A atitude racista atribui qualidades aos indivíduos ou aos grupos conforme o seu suposto pertencimento biológico a uma dessas diferentes raças, portanto, de acordo com as suas supostas qualidades ou defeitos inatos e hereditários.

ESTEREÓTIPO: É um “molde” imposto com valores negativos a uma grupo ou a uma pessoa para inferioriza-la.

PRECONCEITO: Qualquer atitude negativa em relação a uma pessoa ou a um grupo social que derive de uma idéia preconcebida sobre tal pessoa ou grupo; é um pré-juízo.

DISCRIMINAÇÃO: Ação de discriminar, tratar diferente, anular, de tornar invisível, excluir, marginalizar.

DIFERENÇA: Viva a diferença com direitos iguais!

DESIGUALDADE: hierarquização entre indivíduos e/ou grupos não permitindo um tratamento igualitário (em termos de oportunidades, acesso a bens e recursos etc.) a todos/as.

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