sexta-feira, 27 de maio de 2011

As salas de aula brasileiras são mais indisciplinadas

As salas de aula brasileiras são mais indisciplinadas do que a média de outros países avaliados em um estudo do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes)

O estudo, feito com dados de 2009 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que, no Brasil, 67% dos alunos entrevistados disseram que seus professores “nunca ou quase nunca” têm de esperar um longo período até que a classe se acalme para dar prosseguimento à aula.

Entre os 66 países participantes da pesquisa, em média 72% dos alunos dizem que os professores “nunca ou quase nunca” têm de esperar que a classe se discipline.

Os países asiáticos são os mais bem colocados no estudo: no Japão, no Cazaquistão, em Xangai (China) e em Hong Kong, entre 93% e 89% dos alunos disseram que as classes costumam ser disciplinadas.

Finlândia, Grécia e Argentina são os países onde, segundo percepção dos alunos, os professores têm de esperar com mais frequência para que os alunos se acalmem.

O estudo foi feito com alunos na faixa dos 15 anos e dentificou que os distúrbios em sala de aula estão, em média, menores do que eram na pesquisa anterior, feita no ano 2000.

– A disciplina nas escolas não deteriorou – na verdade, melhorou na maioria dos países –, diz o texto da pesquisa.

– Em média, a porcentagem de estudantes que relataram que seus professores não têm de esperar muito tempo até que eles se acalmem aumentou em seis pontos percentuais.

Segundo o estudo, a bagunça em sala de aula tem efeito direto sobre o rendimento dos estudantes.

– Salas de aula e escolas com mais problemas de disciplina levam a menos aprendizado, já que os professores têm de gastar mais tempo criando um ambiente ordeiro antes que os ensinamentos possam começar –, afirma o relatório da OCDE.

– Estudantes que relatam que suas aulas são constantemente interrompidas têm performance pior do que estudantes que relatam que suas aulas têm menos interrupções.

A criação desse ambiente positivo em sala de aula tem a ver, segundo a OCDE, com uma “relação positiva entre alunos e professores”. Se os alunos sentem que são “levados a sério” por seus mestres, eles tendem a aprender mais e a ter uma conduta melhor, conclui o relatório.

No caso do Brasil, porém, a pesquisa mostra que os estudantes contam menos com seus professores do que há dez anos.

– Relações positivas entre alunos e professores não são limitadas a que os professores escutem (seus pupilos). Na Alemanha, por exemplo, a proporção de estudantes que relatou que os professores lhe dariam ajuda extra caso necessário cresceu de 59% em 2000 a 71% em 2009 –, afirma o relatório.

Já no Brasil essa proporção de estudantes caiu de 88% em 2000 para 78% em 2009.

http://correiodobrasil.com.br/sala-de-aula-brasileira-e-mais-indisciplinada-do-que-a-media/244660/

terça-feira, 24 de maio de 2011

Analfabetismo entre negros é o dobro

A taxa de analfabetismo das pessoas negras no Brasil, segue sendo maior que
o dobro do que ocorre entre as pessoas brancas, correspondendo a 71,6% do
6,8 milhões considerados analfabetos. Esse é um dos indicadores constantes
do Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil – 2009/2010.

Veja os outros principais indicadores

1. Afrodescendentes têm menor chance de acesso ao sistema de saúde. Taxa de
não cobertura ao sistema chega a quase 27% (brancos, no entorno de 14%)

2. Entre 1986 e 2008 a Taxa de Fecundidade Total (TFT) de mulheres negras
(48,8%) cai de forma mais acelerada que das mulheres brancas (36,7%), mas as
negras se sujeitam com mais intensidade às laqueaduras. Quase 30% em idade
fértil estão esterilizadas; brancas, 21,7%)

3. Mulheres negras têm menor acesso aos exames ginecológicos preventivos:
37,5% nunca fizeram exame de mamas (brancas, 22,9%), 40,9% nunca fizeram
mamografia (brancas, 26,4%), 15,5% jamais fizeram o Papanicolau (brancas,
13,2%)

4. Cresce o peso relativo de Aids junto à população negra, especialmente no
sexo feminino. Desde 2006, a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes das
negras é superior à das brancas. Letalidade da Aids é maior entre os negros

5. A população negra é mais acometida pela infecção e morte por sífilis. No
ano de 2008, do total de bebês infectados por sífilis congênita, 54,2% eram
negros.

6. Mães de crianças negras têm menor acesso ao exame pré-natal (somente
42,6% fizeram mais de sete exames; no caso das brancas, 71%) e recebem
atendimento menos cuidadoso no sistema de saúde, sugerindo a presença do
racismo institucional. Por exemplo, mães que fizeram exame ginecológico até
dois meses depois do parto: 46,0%, entre as gestantes brancas; 34,7%, entre
as gestantes pretas & pardas.

7. Mães de crianças negras têm maior probabilidade de falecer por
mortalidade materna. Morrem por dia cerca de 2,6 mulheres afrodescendentes
por causas maternas (mulheres brancas, 1,5 por dia)

8. Negros são os mais beneficiados pelo Programa Bolsa-Família. Uma em cada
quatro famílias chefiadas por afrodescendentes recebia o PBF (brancos,
9,8%). Peso deste Programa junto a esta população tem maior efeito no alívio
das situações de Insegurança Alimentar extremadas. Por exemplo, o PBF
permitiu a elevação do consumo de arroz por parte dos pretos & pardos em
68,5%, ao passo que entre os brancos o aumento foi de 31,5%. No caso do
feijão ocorreu elevação no consumo pelos pretos & pardos de 68,0%, frente a
32,0% no aumento do consumo entre os brancos

9. Crianças e adolescentes afrodescendentes entre 4 e 17 anos são mais
dependentes da merenda escolar para sobreviver: 60,6% são usuários deste
tipo de recurso (brancas: 48,1%)

10. População negra tem menor probabilidade de acesso à Previdência Social.
Em 2008, peso relativo dos trabalhadores pretos & pardos com acesso ao
sistema era dez pontos percentuais menor em relação aos brancos. No caso das
mulheres negras 20% das seguradas o eram na condição de Segurada Especial
(entre as mulheres brancas, 10%)

11. Estudo especial da Unicamp feito para o Relatório mostra que negros tem
menor esperança de sobrevida no conjunto das faixas de idade selecionadas.
Fator Previdenciário aprofunda desigualdades raciais

12. Relatório revela que a Constituição de 1988 não é cumprida quando se
trata do acesso da população negra ao sistema escolar. Descumprimento é
generalizado. Entre as crianças negras entre 11 e 14 anos nem metade
estudava na série esperada.

13. Crianças e adolescentes negros têm pior desempenho escolar e sofrem com
condições de ensino mais precárias. Taxa de crianças negras estudando em
escolas públicas é de 90% (brancas 80%). Mais de um terço das escolas
públicas frequentadas por alunos negros tem ou nenhuma ou pouca condição de
adequação de infraestrutura. Nem 20% têm condições de segurança boa ou muito
boa

14. Jovens afrodescendentes são mais expostos ao abandono escolar e à
frequência à escola em idade superior à desejada. Um em cada quatro jovens
negros que fizeram o ENEM tiveram relatos de ter sofrido discriminação
racial

15. Vinte anos depois da Constituição de 1988, a taxa de analfabetismo das
pessoas negras segue sendo mais que o dobro do que a das pessoas brancas.
6,8 milhões de pessoas em todo país que frequentam ou tinham frequentado a
escola são analfabetos, os pretos & pardos correspondem a 71,6% deste total.

16. Crianças afrodescendentes com idade inferior a 6 anos têm mais
dificuldade para ingressar nas creches e no sistema regular de ensino. 84,5%
das crianças negras de até 3 anos não frequentavam creches; 7,5% das
crianças negras de 6 anos estavam fora de qualquer tipo de escola e apenas
41,6% estavam no sistema de ensino seriado

17. Réus vencem causas nos tribunais com maior frequência diante dos casos
de denúncia de racismo. 66,9% nos Superiores Tribunais de Justiça. 58,5% nos
Tribunais Regionais do Trabalho de 2ª instância

18. O Relatório Anual das Desigualdades Raciais traz, ainda, dados inéditos
sobre desigualdades raciais contra pessoas afrodescendentes nos EUA, Cuba,
Equador, Colômbia, Uruguai e Comunidade Europeia.

Fonte: Afropess

Visite Rede Afrobrasileira Sociocultural em:
http://redeafro.ning.com/?xg_source= msg_mes_network

segunda-feira, 23 de maio de 2011

As lições (e os alertas) do novo Wembley para o Maracanã - Giancarlo Lepiani

Enquanto o Rio torrava dinheiro com reformas malfeitas, Londres derrubou seu estádio e ergueu a melhor arena do mundo - mas fora do prazo e do orçamento

O novo estádio de Wembley

Londres derrubou seu tradicional estádio e ergueu a melhor arena do mundo para a Olimpíada de 2012.

Na Inglaterra, o fato de o novo Wembley ter saído do prazo e do orçamento foi considerado uma vergonha nacional - mesmo com pouco dinheiro público na obra

Se no século passado o futebol virou quase uma religião, Maracanã e Wembley transformaram-se em templos sagrados. Dezenas de milhões de torcedores fizeram a peregrinação às suas arquibancadas - no Rio de Janeiro, durante sessenta anos; em Londres, por quase oitenta. Na entrada do novo século, foi preciso renovar as duas catedrais do esporte. E foi aí que os estádios mais famosos do planeta tomaram rumos diferentes. Os brasileiros decidiram reabilitar o Maracanã com uma série de profundas reformas - a mais radical delas, atualmente em curso, para deixá-lo pronto para a Copa do Mundo de 2014. Os ingleses, conhecidos pelo apego às tradições, surpreenderam: reduziram Wembley a pó e construíram uma novíssima arena multiuso no mesmo lugar onde ficava o antigo estádio. Concluído em 2007, o novo Wembley talvez seja o melhor estádio do mundo. E o projeto já serve de lição para o Maracanã do futuro - tanto nos acertos quanto nos erros.

A própria decisão de resolver o problema de uma só vez, evitando desperdiçar dinheiro com reformas parciais, pode ser vista como boa lição dos ingleses. Não foi fácil convencer a população de que era necessário colocar o velho estádio no chão. Uma vez reconstruído, porém, Wembley ficou pronto para mais algumas boas décadas de uso ininterrupto. É difícil imaginar que seja necessário fazer qualquer tipo de obra ali por pelo menos meio século. A construção é robusta o bastante para suportar a passagem do tempo, e o projeto é versátil o suficiente para permitir a adaptação do estádio a diversos tipos de uso. Todo o anel inferior, por exemplo, pode ter suas cadeiras retiradas, ampliando o espaço disponível para montar pistas de corrida e palcos para shows. O Rio não tem essa perspectiva, pelo menos por enquanto - o que permite prever que outras obras de adaptação podem ser necessárias no futuro (como para a Olimpíada de 2016).

Foi justamente essa falta de planejamento a longo prazo que transformou o Maracanã num buraco negro de dinheiro público nos últimos anos. Na primeira série de reformas, nos anos 1990, as mudanças foram apenas superficiais. Em 1999, pouco antes da primeira edição do Mundial de Clubes da Fifa, o estádio recebeu obras mais extensas, ao custo de 100 milhões de reais. Mas elas não foram suficientes para deixar o Maracanã para os Jogos Pan-Americanos de 2007, quando um investimento de mais de 200 milhões de reais fez a primeira grande transformação no estádio. Ou seja: quando o Rio de Janeiro anuncia gastos de pelo menos 966 milhões de reais nas obras para a Copa do Mundo de 2014, deve-se lembrar dos outros 300 milhões já consumidos num intervalo de pouco mais de dez anos. O valor total gasto no Rio, quase 1,3 bilhão de reais, ainda é inferior ao custo do novo Wembley, equivalente a 2,1 bilhão de reais. Londres tem o estádio mais caro do planeta.

Ainda assim, a comparação entre os investimentos nos dois estádios é alarmante. O preço de Wembley é final, e inclui gastos em infraestrutura nos arredores, compra definitiva do terreno, um fundo de contingência e a demolição completa do estádio antigo. Contando apenas a construção, os custos do projeto e juros, Wembley soma 517 milhões de libras - ou 1,37 bilhão de reais, valor similar, portanto, ao que está custando a interminável série de reformas no Maracanã. E isso sem contar a chance de novas revisões no orçamento - em caso de atrasos ou imprevistos nas obras, a despesa com o Maracanã pode dar um outro salto - e a enorme diferença nos custos de produção no Rio e em Londres, uma das cidades mais caras do mundo, onde desde os materiais até a força de trabalho consomem muito mais dinheiro. O melhor de tudo é que Wembley é uma parceria público-privada - e a verba pública corresponde a só uma pequena parcela do investimento.


O que copiar dos ingleses

O uso de pouca verba pública no projeto: foram só 41 milhões de libras de um total de 798 milhões de libras

A qualidade do projeto: sem luxos ou excessos, mas prático, confortável, durável e sustentável, como espera-se hoje

A diversificação das receitas: Wembley tem quatro restaurantes, estrutura para shows, uma loja, visitas turísticas...

O que não repetir no Rio

O atraso nas obras. Se estourar o prazo como Wembley, o Maracanã não poderá receber a Copa do Mundo de 2014

A destruição de todos os vestígios do antigo estádio - só sobraram dois painéis da Olimpíada de Londres, em 1948

A baixa frequência de uso: apenas jogos da seleção, finais de torneios e eventos especiais são realizados no estádio

Atraso e prejuízo - Mesmo a pontualidade britânica e o preço salgado da empreitada não garantiram a entrega de Wembley no prazo. Da demolição à inauguração, foram cinco anos, um a mais que o previsto. Primeiro, a destruição das arquibancadas demorou a engrenar. Depois, no decorrer das obras, alguns acidentes e uma reforma no sistema de esgoto sob o estádio atrapalharam o cumprimento do cronograma. Mas se a repetição desses problemas no Maracanã deve significar uma nova remessa de dinheiro público ao projeto, em Wembley o prejuízo ficou com a empreiteira australiana Brookfield Multiplex, responsável pela obra. Hoje, o estádio é de propriedade de uma subsidiária da Federação Inglesa, criada para cuidar exclusivamente da administração do estádio. No Maracanã, fala-se no uso do modelo de concessão, mas ninguém sabe ao certo como (ou por quem) o estádio será gerenciado depois que a Copa terminar, já no segundo semestre de 2014.

Por coincidência, será justamente em 2014 que o novo Wembley deverá começar a dar lucro - por enquanto, os juros dos empréstimos que bancaram a obra e a quitação dos valores investidos na construção superam as gordas receitas provenientes de jogos e shows realizados no estádio. No Maracanã, espera-se de que um clube ou empresa assuma a administração, arcando com os pesadíssimos custos de manutenção de um estádio tão grande. Mesmo assim será um negócio da China: quem ficar com o Maracanã ganhará a chance de explorar o estádio sem precisar se preocupar com a montanha de contas a pagar pela obra. Na Inglaterra, o fato de o novo Wembley ter saído do prazo e do orçamento foi considerado uma vergonha nacional, principalmente por tratar-se de um patrimônio importante do país, o palco de sua maior vitória no esporte, a Copa de 1966. É difícil dizer como os ingleses teriam reagido se o fiasco tivesse sido pago por dinheiro público.

Construído em 1950, o Maracanã tinha capacidade para 150.000 pessoas até os anos 1980. Com a instalação de cadeiras em todo o estádio, o limite de público oficial caiu para 82.000 pessoas. Recebeu a final da Copa de 1950.

Erguido em 1923, Wembley era originalmente conhecido como Empire Stadium. Recebia até 127.000 torcedores até os anos 1980. Com a instalação de assentos, caiu para 82.000 pessoas. Foi o palco da final da Copa de 1966.


http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/as-licoes-e-os-alertas-do-novo-wembley-para-o-maracana

domingo, 22 de maio de 2011

sábado, 21 de maio de 2011

Acorda, Brasil-il-il: farra do Maracanã conduz a reforma para R$ 1 bilhão

Navegando pela internet encontrei esta matéria no blog do comentarista da ESPN Brasil, Mauro Cesar Pereira, onde o comentarista da ESPN fala do absurdo das obras do Maracanã.

Está no jornal O Globo de hoje, terça-feira: “Gasto com obras do Maracanã pode chegar a R$ 1 bilhão”. A matéria de Luiz Ernesto Magalhães lembra que a brincadeira já está custando R$ 712 milhões (inicialmente seriam R$ 705,5 milhões) e revela que foram encontrados “sinais de deterioração de parte da estrutura da cobertura original”. Assim, a reforma, que descaracterizará o estádio e que inicialmente terminaria em dezembro de 2012, podem se arrastar por mais seis meses, elevando seus custos totais à casa de R$ 1 bilhão – clique aqui e leia.

O consultor em engenharia estrutural João Luiz Casagrande dá uma declaração estarrecedora a O Globo: “Não estou surpreso que encontraram sinais de deterioração. Estruturas metálicas e de concreto armado foram projetadas para durar 50 anos. O Maracanã já tem 60 anos”. Ora, então que orçamento inicial era aquele? Talvez tenham apresentado números elevadíssimos mas não tão assustadores para, adiante, revelar a realidade.

“Minha estimativa é que possa chegar a R$ 900 milhões ou até R$ 1 bilhão”, acrescenta Casagrande. Este blog vem alertando para isso não é de hoje (veja matérias anteriores nos links abaixo). Se ele vinha chamando atenção para isso, o que o Estado fez diante de tais “alertas”?

A mídia oficial, claro, já defende o indefensável. Citam superfaturamentos em estádios da África do Sul, ou o estouro no custo da construção do novo Wembley. Como se absurdos anteriores justificassem novos. Pena que a indignação dos brasileiros com um pênalti mal marcado contra seu time de fé seja mil vezes maior do que qualquer reação contrária a tamanho absurdo.

Acorda, Brasil-il-il-il-il!

Fonte: http://www.espn.com.br/maurocezarpereira

http://www.futsalinterior.com.br/2011/01/11/acorda-brasil-il-il-farra-do-maracana-conduz-a-reforma-para-r-1-bilhao/

Reforma do Maracanã custará R$ 956,8 milhões, o dobro do previsto - Estadão

A conclusão das obras está prevista para dezembro de 2012 - ou seja, no limite da Fifa
17 de maio de 2011

A reforma do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, que sediará a decisão da Copa do Mundo de 2014, custará R$ 956,8 milhões, aproximadamente o dobro do valor que estava previsto anteriormente, informou o Governo do Rio de Janeiro, que apresentou nesta terça-feira o orçamento oficial ao Tribunal de Contas.

O documento foi entregue ao presidente do TCU, ministro Benjamin Zymler, pelo vice-governador fluminense Luiz Fernando Pezão, ao lado do relator, o ministroWalmir Campello.

Segundo o documento, o custo das obras duplica os cálculos iniciais anunciados no final de 2009, que eram de cerca R$ 500 milhões.

A conclusão das obras está prevista para dezembro de 2012, de acordo com os responsáveis pelo projeto, exatamente na data limite que a Fifa impôs para os estádios que serão utilizados na Copa das Confederações de 2013.

Cerca de 90% da parte interna do antigo estádio já foi demolida, enquanto fachada será mantida intacta, segundo um comunicado do Governo do estado.

Uma das razões que explicam o aumento do orçamento é a necessidade de demolir a cobertura, que se encontra muito desgastada, conforme constatação dos engenheiros, e será substituída por uma estrutura de lona tensionada, que dura cerca de 50 anos e tem uma aparência similar à atual.

O desenho definitivo prevê a redução da capacidade de 87 mil assentos para 80 mil, e não para 76.525, como previa o projeto inicial.

http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,reforma-do-maracana-custara-r-9568-milhoes-o-dobro-do-previsto,720532,0.htm

Projeto da cobertura do Maracanã é divulgado. Estádio pronto em 2012 - GloboEsporte

Projeto da cobertura do Maracanã é divulgado. Estádio pronto em 2012

‘Vamos entregar a mais moderna arena do mundo’, garante Luiz Fernando Pezão, vice-governador e secretário de Obras do Estado do RJ

Por GLOBOESPORTE.COM


Um novo Maracanã será entregue aos cariocas em dezembro de 2012. Com cobertura nova, o estádio, que servirá de palco para a final da Copa do Mundo de 2014, se tornará mais moderno, confortável e seguro. E, para isso, serão investidos R$ 956.787.720,00 nas obras, cujo o orçamento final foi apresentado nesta terça-feira, em Brasília, pelo vice-governador e secretário de Obras do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, pelo presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), Ícaro Moreno, e pela secretária de Esporte e Lazer, Márcia Lins, aos técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU).

- Vamos entregar a mais moderna arena do mundo que está sendo preparada para receber a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, atendendo aos requisitos da FIFA e do Comitê Olímpico Internacional (COI). Nós somos a primeira cidade a apresentar o projeto executivo. A reforma do Maracanã, que recebe cerca de cem eventos por ano, custará menos de R$ 1 bilhão. Enquanto a construção e a reforma do Wembley, na Inglaterra, que promove 16 eventos anuais, foi orçada em R$ 3 bilhões - afirmou o vice-governador, que apresentou aos técnicos as plantas da reforma.

Novo Maracanã será entregue em 2012 (Foto: Divulgação)De acordo com a secretaria de obras, os trabalhos para reforma do Estádio Jornalista Mário Filho estão dentro do cronograma. Na semana passada, as fundações para as novas arquibancadas e as rampas de acesso externas começaram a ser construídas. Cerca de 90% da parte interna, incluindo arquibancadas, vestiários, banheiros, salas de rádio e camarotes, já foram demolidos. Os 800 profissionais responsáveis pelas melhorias do estádio estão trabalhando em dois turnos: das 7h às 17h e das 19h às 5h.

Maracanã terá capacidade para 80 mil pessoas

O valor orçado para a reforma ficou acima do esperado, por causa da necessidade de substituir a cobertura existente. A atual marquise foi condenada por laudos de órgãos nacionais e internacionais. Uma estrutura em lona tensionada, aprovada pelo Iphan por não descaracterizar a atual, vai proteger os torcedores da chuva e do calor. A estrutura tem durabilidade de 50 anos e garantia de 15 anos. Além de recursos estaduais, há um financiamento realizado junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

- A nova cobertura, que teve toda a sua estrutura aprovada, terá condições de luz mais uniformes, borda externa mais baixa e flexibilidade plena para instalação de equipamentos. Serão seis semanas para levantar a nova cobertura. Na demolição, podemos ver o quanto a marquise atual está degradada. Todas as premissas devem ser entregues até o dia 15 de junho. - explicou Ícaro Moreno.

Maracanã receberá certificação ambiental

Transformar o Maracanã em um estádio ecologicamente correto também está entre as prioridades do Governo do Estado do Rio de Janeiro. O projeto, preparado segundo o sistema Leardership In Energy and Environmental Design (LEED), prevê a utilização de dispositivos economizadores de água e a implantação de um sistema de captação de água de chuva, resultando em uma economia de 50% no que se refere à irrigação do gramado. Além disso, um moderno sistema de iluminação ajudará a reduzir o consumo de energia em 6%. Serão 23.500 luminárias econômicas de LER.

Mais conforto para os torcedores

A capacidade do novo Maracanã, antes prevista para 76.525 cadeiras, será aumentada para 80 mil lugares. Para oferecer mais conforto aos torcedores, serão construídos 110 camarotes, entre as arquibancadas superior e inferior, e quatro conjuntos de rampas; instalados mais onze elevadores, totalizando 16, e seis escadas rolantes, aumentando para 12; aumentado a distância entre as cadeiras de 48cm para 50cm; e colocados assentos rebatíveis nas novas cadeiras. O estádio contará com 3.860 alto-falantes, 314 câmeras de segurança, 360 monitores de TV, quatro telões e 36 mil metros quadrados de área refrigerada.

A nova cobertura do Maracanã usará a água da chuva para irrigar o gramado e alimentar os banheiros. Projeto visa economizar 50% do consumo de água no estádio (Divulgação)As obras também vão permitir ao torcedor assistir aos jogos em uma posição privilegiada e, como nos estádios americanos e europeus, ficar mais perto do campo. A parte inferior, onde ficavam as cadeiras azuis, será elevada em cerca de cinco metros. A parte superior vai avançar 12 metros em direção ao campo. O padrão de visibilidade determina que todos os espectadores possam enxergar sobre a cabeça do torcedor sentado duas fileiras à frente, em uma linha reta.

A setorização, que permite ao torcedor saber como chegar à área de arquibancada, facilitará a saída do estádio, que deverá ocorrer em apenas oito minutos. Já o gramado será mais resistente e adequado ao clima brasileiro. A construção de um túnel de acesso ao campo, além da readequação dos quatro existentes, também está entre as novidades. A área da imprensa recebeu um centro de mídia, com áreas de redação, estúdios e um auditório com 450 lugares, além de um espaço dedicado à transmissão que será acomodada no anel superior.

- A apresentação do projeto de reforma tem um conteúdo simbólico e prático. Serve de referência para outras obras que serão realizadas para a Copa do Mundo. O Rio de Janeiro demonstra total transparência no uso dos recursos públicos. Até hoje, o governo estadual ainda não precisou captar muitos recursos da União. Do orçamento total, que podia ultrapassar 50%, o Estado do Rio utilizou 35% - disse o presidente do TCU, ministro Benjamin Zymler, depois da apresentação do projeto executivo.

http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2011/05/projeto-da-nova-cobertura-do-maracana-e-divulgado-estadio-pronto-em-2012.html

Projeto da cobertura do Maracanã é divulgado. Estádio pronto em 2012 - GloboEsporte

Projeto da cobertura do Maracanã é divulgado. Estádio pronto em 2012

‘Vamos entregar a mais moderna arena do mundo’, garante Luiz Fernando Pezão, vice-governador e secretário de Obras do Estado do RJ

Por GLOBOESPORTE.COM


Um novo Maracanã será entregue aos cariocas em dezembro de 2012. Com cobertura nova, o estádio, que servirá de palco para a final da Copa do Mundo de 2014, se tornará mais moderno, confortável e seguro. E, para isso, serão investidos R$ 956.787.720,00 nas obras, cujo o orçamento final foi apresentado nesta terça-feira, em Brasília, pelo vice-governador e secretário de Obras do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, pelo presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), Ícaro Moreno, e pela secretária de Esporte e Lazer, Márcia Lins, aos técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU).

- Vamos entregar a mais moderna arena do mundo que está sendo preparada para receber a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, atendendo aos requisitos da FIFA e do Comitê Olímpico Internacional (COI). Nós somos a primeira cidade a apresentar o projeto executivo. A reforma do Maracanã, que recebe cerca de cem eventos por ano, custará menos de R$ 1 bilhão. Enquanto a construção e a reforma do Wembley, na Inglaterra, que promove 16 eventos anuais, foi orçada em R$ 3 bilhões - afirmou o vice-governador, que apresentou aos técnicos as plantas da reforma.

Novo Maracanã será entregue em 2012 (Foto: Divulgação)De acordo com a secretaria de obras, os trabalhos para reforma do Estádio Jornalista Mário Filho estão dentro do cronograma. Na semana passada, as fundações para as novas arquibancadas e as rampas de acesso externas começaram a ser construídas. Cerca de 90% da parte interna, incluindo arquibancadas, vestiários, banheiros, salas de rádio e camarotes, já foram demolidos. Os 800 profissionais responsáveis pelas melhorias do estádio estão trabalhando em dois turnos: das 7h às 17h e das 19h às 5h.

Maracanã terá capacidade para 80 mil pessoas

O valor orçado para a reforma ficou acima do esperado, por causa da necessidade de substituir a cobertura existente. A atual marquise foi condenada por laudos de órgãos nacionais e internacionais. Uma estrutura em lona tensionada, aprovada pelo Iphan por não descaracterizar a atual, vai proteger os torcedores da chuva e do calor. A estrutura tem durabilidade de 50 anos e garantia de 15 anos. Além de recursos estaduais, há um financiamento realizado junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

- A nova cobertura, que teve toda a sua estrutura aprovada, terá condições de luz mais uniformes, borda externa mais baixa e flexibilidade plena para instalação de equipamentos. Serão seis semanas para levantar a nova cobertura. Na demolição, podemos ver o quanto a marquise atual está degradada. Todas as premissas devem ser entregues até o dia 15 de junho. - explicou Ícaro Moreno.

Maracanã receberá certificação ambiental

Transformar o Maracanã em um estádio ecologicamente correto também está entre as prioridades do Governo do Estado do Rio de Janeiro. O projeto, preparado segundo o sistema Leardership In Energy and Environmental Design (LEED), prevê a utilização de dispositivos economizadores de água e a implantação de um sistema de captação de água de chuva, resultando em uma economia de 50% no que se refere à irrigação do gramado. Além disso, um moderno sistema de iluminação ajudará a reduzir o consumo de energia em 6%. Serão 23.500 luminárias econômicas de LER.

Mais conforto para os torcedores

A capacidade do novo Maracanã, antes prevista para 76.525 cadeiras, será aumentada para 80 mil lugares. Para oferecer mais conforto aos torcedores, serão construídos 110 camarotes, entre as arquibancadas superior e inferior, e quatro conjuntos de rampas; instalados mais onze elevadores, totalizando 16, e seis escadas rolantes, aumentando para 12; aumentado a distância entre as cadeiras de 48cm para 50cm; e colocados assentos rebatíveis nas novas cadeiras. O estádio contará com 3.860 alto-falantes, 314 câmeras de segurança, 360 monitores de TV, quatro telões e 36 mil metros quadrados de área refrigerada.

A nova cobertura do Maracanã usará a água da chuva para irrigar o gramado e alimentar os banheiros. Projeto visa economizar 50% do consumo de água no estádio (Divulgação)As obras também vão permitir ao torcedor assistir aos jogos em uma posição privilegiada e, como nos estádios americanos e europeus, ficar mais perto do campo. A parte inferior, onde ficavam as cadeiras azuis, será elevada em cerca de cinco metros. A parte superior vai avançar 12 metros em direção ao campo. O padrão de visibilidade determina que todos os espectadores possam enxergar sobre a cabeça do torcedor sentado duas fileiras à frente, em uma linha reta.

A setorização, que permite ao torcedor saber como chegar à área de arquibancada, facilitará a saída do estádio, que deverá ocorrer em apenas oito minutos. Já o gramado será mais resistente e adequado ao clima brasileiro. A construção de um túnel de acesso ao campo, além da readequação dos quatro existentes, também está entre as novidades. A área da imprensa recebeu um centro de mídia, com áreas de redação, estúdios e um auditório com 450 lugares, além de um espaço dedicado à transmissão que será acomodada no anel superior.

- A apresentação do projeto de reforma tem um conteúdo simbólico e prático. Serve de referência para outras obras que serão realizadas para a Copa do Mundo. O Rio de Janeiro demonstra total transparência no uso dos recursos públicos. Até hoje, o governo estadual ainda não precisou captar muitos recursos da União. Do orçamento total, que podia ultrapassar 50%, o Estado do Rio utilizou 35% - disse o presidente do TCU, ministro Benjamin Zymler, depois da apresentação do projeto executivo.

http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2011/05/projeto-da-nova-cobertura-do-maracana-e-divulgado-estadio-pronto-em-2012.html

Os riscos da arrogância do império - Leonardo Boff

15/05/2011
"Estamos diante de um império. É um império singular, não baseado na ocupação territorial ou em colônias mas nas 800 bases militares distribuidas pelo mundo todo"

Conto-me entre os que se entusiasmaram com a eleição de Barack Obama para Presidente dos EUA, especialmente vindo depois de G. Bush Jr, presidente belicoso, fundamentalsta e de pouqíssimas luzes. Este acreditava da iminência do Armagedon bíblico e seguia à risca a ideologia do Destino Manifesto, um texto inventado pela vontade imperial norteamericana, para justificar a guerra contra o México, segundo o qual os EUA seriam o novo povo escolhido por Deus para levar ao mundo os direitos humanos, a liberdade e a democracia. Esta excepcionalidade se traduziu numa histórica arrogância que fazia os EUA se arrogarem o direito de levar ao mudo inteiro, pela política ou pelas armas, o seu estilo de vida e sua visão do mundo.

Esperava que o novo presidente não fosse mais refém desta nefasta e forjada eleição divina, pois anunciava em seu programa o multilateralismo e a não hegemonia. Mas tinha lá minhas desconfianças, pois atrás do Yes, we can (Sim, nós podemos”) podia se esconder a velha arrogância. Face à crise econômico-financeira, apregoava que os EUA mostrou em sua história que podia tudo e que ia superar a atual situação. Agora por ocasião do assassinato de Osama bin Laden ordenada por ele (num Estado de Direito que separa os poderes, tem o Executivo o poder de mandar matar ou não cabe isso ao Judiciário que manda prender, julgar e punir?), caiu a máscara. Não teve como escondera arrogância atávica.

O presidente, de extração humilde, afrodescentente, nascido fora do continente, primeiramente muçulmano e depois convertido evangélico, disse claramente: ”O que aconteceu domingo envia uma mensagem a todo o mundo: quando dizemos que nunca vamos esquecer, estamos falando sério”. Em outras palavras: “Terrorristas do mundo inteiro, nós vamos assassinar vocês”. Aqui está revelada, sem meias palavras, toda a arrogância e a atitude imperial de se sobrepor a toda ética.

Isso me faz lembrar uma frase de um teólogo que serviu por 12 anos como assessor da ex-Inquisição em Roma e que veio me prestar solidariedade por ocasião do processo doutrinário que lá sofri. Confessou-me: ”Aprenda da minha experiência: a ex-Inquisição, não esquece nada, não perdoa nada e cobra tudo; prepare-se”. Efetivamente, assim foi o que senti. Pior ocorreu com um teólogo moralista, queridíssimo em toda a cristandade, o alemão, Bernhard Hâring, com câncer na garganta a ponto de quase não poder falar. Mesmo assim, foi submetido a rigoroso interrogatório na sala escura daquela instância de terror psicológico por causa de algumas afirmações sobre sexualidade. Ao sair, confessou:“O interrogatório foi pior do que aquele que sofri com a SS nazista durante a guerra”. O que significa: pouco importa a etiqueta, católico ou nazista, todo sistema autoritário e totalitário obedece à mesma lógica: cobra tudo, não esquece e não perdoa. Assim prometeu Barack Osama e se propõe levar avante o Estado terrorista, criado pelo seu antecessor, mantendo o Ato Patriótico que autoriza a suspensão de certos direitos e a prisão preventiva de suspeitos sem sequer avisar aos familiares, o que configura sequestro. Não sem razão escreveu Johan Galtung, norueguês, o homem da cultura da paz, criador de duas instituições de pesquisa da paz e inventor do método Transcend na mediação dos conflitos (uma espécie de política do ganha-ganha): tais atos aproximam os EUA do Estado fascista.

O fato é que estamos diante de um império. Ele é consequência logica e necessária do presumido excepcionalismo. É um império singular, não baseado na ocupação territorial ou em colônias mas nas 800 bases militares distribuidas pelo mundo todo, a maioria desnecessária para a segurança americana. Elas estão lá para meter medo e garantir a hegemonia no mundo. Nada disso foi desmontado pelo novo imperador, nem fechou Guantânamo como prometeu, e ainda mais: enviou trinta mil soldados ao Afeganistão para uma guerra de antemão perdida.

Podemos discordar da tese básica de Abraham P. Huntington em seu discutido livro O choque de civilizações. Mas nele há observações, dignas de nota, como esta: “A crença na superioridade da cultura ocidental é falsa, imoral e perigosa”(p.395). Mais ainda: ”A intervenção ocidental provavelmente constitui a mais perigosa fonte de instabilidade e de um possível conflito global num mundo multicivilizacional”(p.397). Pois as condições para semelhante tragédia estão sendo criadas pelos EUA e pelos seus súcubos europeus.

Uma coisa é o povo norte-americano, bom, engenhoso, trabalhador e até ingênuo que admiramos, outra é o governo imperial, que não respeita tratados internacionais que vão contra seus interesses e capaz de todo tipo de violência. Mas não há impérios eternos. Chegará o momento em que ele será um número a mais no cemitério dos impérios mortos.


http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=14&cod_publicacao=37066

Um equívoco - Vladimir Safatle

19/05/2011

O Ministério da Educação está prestes a cometer um grave equívoco. Na semana passada, o Conselho Nacional de Educação aprovou diretrizes “flexibilizando” o ensino médio. Tais diretrizes dão às escolas públicas e privadas autonomia para compor a grade curricular de seus alunos a partir de quatro obscuros eixos temáticos: trabalho, tecnologia, ciência e cultura.

Tal possibilidade de composição visa, entre outras coisas, favorecer o agrupamento de disciplinas, que se organizarão a partir de projetos comuns capazes de levar em conta os interesses específicos das comunidades nas quais as escolas estão inseridas.

As novas diretrizes ainda sugerem que a lei que aumenta em 20% o número de horas-aula leve em conta atividades fora da sala de aula.

O argumento para a primeira modificação é a adequação às particularidades. Uma escola em área industrial poderia, assim, dar mais ênfase a disciplinas como física e química. Certamente, para fornecer mão de obra mais adequada para as industrias locais.

Uma outra, estabelecida em área turística, talvez pudesse ensinar uma versão “Club Med” de geografia.
Vejam que interessante. Em um momento no qual se insiste na necessidade de formações capazes de abrir nossos alunos para realidades globais, resolve-se formá-los para trabalhar melhor na fábrica de tecidos da esquina. Como se eles passassem o resto de suas vidas no mesmo lugar.
Há de se perguntar se não necessitaríamos, na verdade, da definição de um currículo básico unificado a ser ministrado em todas as escolas e cuja aplicação adequada seria objeto de avaliação feita por uma inspetoria nacional.

Não creio haver alguém que discorde da importância de ensinar, de maneira aprofundada, as causas da Segunda Guerra, equações de segundo grau, o sistema literário brasileiro e as leis de Newton, em São Paulo ou em Roraima.
Podemos não estar de acordo sobre todos os conteúdos, mas se o Ministério da Educação ouvisse diretamente os professores, certamente ele seria capaz de criar um currículo básico que não colocaria nossos alunos à mercê dos caprichos do dia.

Tais caprichos ficam claros em ideias como “agrupamento de disciplinas”. Trata-se de organizar os conteúdos através dos interesses mais imediatos, normalmente aqueles ligados a notícias que aparecem na imprensa.
Assim, se a notícia do mês é o terrorismo islâmico, então agrupa-se disciplinas de história, geografia etc. para “criar projetos” capazes de dar conta da curiosidade geral.
Se nada aparecer sobre “ditadura militar”, então seus conteúdos serão secundarizados. O mínimo que se pode dizer é: triste o país que forma seus adolescentes ao sabor dos ventos.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Grandes jogos e Política do pão e circo VERSÃO 2011

Semana 1: Antiguidade e Modernidade
Sugestão de filmes: Spartacus, Gladiador
Sugestão de jogo: Shadow of Rome

Impérios da antiga Europa, como Grécia e Roma, eram sustentados por guerras. Fome e escravidão eram situações comuns entre a maioria da população. Para amenizar e “anestesiar” a população de seus problemas cotidianos eram promovidos cada vez mais os chamados “grandes jogos”. Durante a realização destes, as guerras que estivessem ocorrendo ficavam suspensas. Aos jogos, somava-se redistribuição de alimentos; problemas “políticos” podiam ser resolvidos; e assim, a estabilidade dos impérios, garantida. Estas medidas de controle foram chamadas de “política do pão e circo”.
Na era moderna, o Barão de Cobertin recria os “grandes jogos” atribuindo-lhes valores “educacionais” e de união dos povos. Estes valores, reunidos na “filosofia do olimpismo”, utilizariam os jogos para a “formação de uma consciência pacifista, democrática, humanitária, cultural e ecológica por intermédio da prática esportiva”. Na verdade, voltou-se a utilizar estes jogos como “política do pão e circo”. Enquanto estes acontecem (na forma de campeonatos, regionais ou mundiais etc.) esquecemos de nossos problemas e de que nada mudará após algum atleta, time ou seleção ganhar ou perder uma disputa.
O investimento nestes eventos é alto: construções, patrocínio, programas ditos “sociais”, a propaganda que coloca o esporte como solução de problemas sociais. Com o dinheiro gasto para a realização destes eventos, poderíamos revolucionar os sistemas públicos de educação, saúde, transporte etc.. que têm pouquíssimo investimento.

Semana 2: Atualidade I – grandes jogos recentes
No Pan-Rio2007, a “agenda social” foi vulgarizada, tendo apenas alguns pontos (os menos importantes) cumpridos; o orçamento estourado, se gastando mais que 10 vezes o planejado. Na China2009, desde 2001 foram gastos 53 bilhões no evento e a maior parte dos problemas permanece. Na África do Sul2010, os problemas só aumentaram, com mais dívidas e xenofobia. Parte da população se sente orgulhosa em sediar estes eventos. É esta quem paga pelo evento, de diversas formas (impostos, pagamento de ingressos, voluntariado etc.) e que, de fato, ganha quase nada. Quem ganha é quem aplica esta política: governo e grandes empresas (patrocinadoras, de comunicação, de turismo etc.).

Semana 3: Atualidade II: grandes jogos por vir – 2011, 2013, 2014, 2016 (“investimentos necessários” x “legado social”)
No Brasil e no Rio de Janeiro, quais os problemas que estão sendo escondidos? O que está acontecendo para a realização das obras? Por que existem atrasos? O que está pronto? Por que precisamos destes eventos? Quem está sendo favorecido realmente?

Semana 4: Documentário da copa na Argentina


Avaliação 2º bimestre

Esta avaliação deve ser feita com suas próprias palavras, não será admitido como resposta a cópia de alguma fonte de informações. Será considerada incorreta a resposta que for cópia. Desenvolva um texto próprio, com objetividade e boa argumentação. Escreva de forma consistente e não qualquer coisa. Pesquise em livros, na internet, em filmes e documentários sobre o assunto para enriquecê-la!

1. Explique a “política do pão e circo”:

2. Demonstre como era antigamente, na Europa:

3. Demonstre como acontece hoje:

4. O que é o “legado social” (“herança social” ou “agenda social”) dos mega-eventos esportivos?

5. Explique por que a parte “social” destes legados dificilmente é realizada:

6. Na atualidade, quem paga os “grandes jogos” e quem ganha com eles, respectivamente?

7. Dê exemplos das formas que isto acontece em nosso cotidiano. Como somos afetados por isto?

8. Defenda um ponto de vista que seja positivo com relação aos grandes jogos no Brasil e no Rio:

9. Defenda um ponto de vista que seja negativo com relação aos grandes jogos no Brasil e no Rio:

10. Como podemos mudar a situação provocada pela política do pão e circo aqui no Brasil e no Rio? De que forma somos ou podemos ser responsáveis por estas mudanças?

Racismo nas entrelinhas das entrevistas

quarta-feira, 11 de maio de 2011

ESPN critica Rio-2016 e Copa de 2014

10 de Maio de 2011

Um artigo assinado pelo jornalista Wright Thompson, da rede americana ESPN, publicado no site espn.com, criticou com veemência as candidaturas do Brasil para a Copa de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016.

Segundo a reportagem, intitulada "Deadly Games" (Jogos Mortais, na tradução livre do inglês), foi vendida uma imagem do país para o restante do mundo durante os processos de seleção mas, por outro lado, a organização brasileira escondeu problemas, sobretudo no Rio de Janeiro.

O artigo aponta que, diferentemente do que foi passado quando da época da candidatura brasileira, o Rio de Janeiro é uma cidade que convive constantemente com problemas de violência, principalmente por causa das organizações criminosas que comandam a periferia da cidade.

Alguns dados também foram trazidos pelo texto, como o número de pessoas que foram assassinadas no Rio de Janeiro. O montante, sozinho, é quatro vezes maior do que a quantidade de pessoas mortas em todo o território americano em 2010.

"O Rio de Janeiro tem menos de três anos para corrigir uma crise que já dura um século. O relógio está correndo", alerta a publicação

http://br.esportes.yahoo.com/colunas/em-artigo-espn-critica-rio-2016-e-copa-de-2014-esportes-1708.html

terça-feira, 3 de maio de 2011

Nutricionista lista os 10 piores alimentos para sua saúde

EcoD
Que atire a primeira pedra quem não se rende a um fast food, salgadinho ou cachorro-quente e depois fica preocupado com as calorias que ingeriu. Mas o que pouca gente sabe é que os perigos desses alimentos vão muito além da questão estética e podem ser um risco para a saúde. Para esclarecer esses problemas, a nutricionista Michelle Schoffro Cook listou os dez piores alimentos de todos os tempos.

10º lugar: Sorvete
Apesar de existirem versões mais saudáveis que os tradicionais sorvetes industrializados, a nutricionista adverte que esse alimento geralmente possui altos níveis de açúcar e gorduras trans, além de corantes e saborizantes artificiais, muitos dos quais possuem neurotoxinas – substâncias químicas que podem causar danos no cérebro e no sistema nervoso.

9º lugar: Salgadinho de milho
De acordo com Michelle, desde o surgimento dos alimentos transgênicos a maior parte do milho que comemos é um “Frankenfood”, ou “comida Frankenstein”. Ela aponta que esse alimento por causar flutuação dos níveis de açúcar no sangue, levando a mudanças no humor, ganho de peso, irritabilidade, entre outros sintomas. Além disso, a maior parte desses salgadinhos é frita em óleo, que vira ranço e está ligado a processos inflamatórios.

8º lugar: Pizza
Michelle destaca que nem todas as pizzas são ruins para a saúde, mas a maioria das que são vendidas congeladas em supermercados está cheia de condicionadores de massa artificiais e conservantes. Feitas farinha branca, essas pizzas são absorvidas pelo organismo e transformadas em açúcar puro, causando aumento de peso e desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue.

7º lugar: Batata frita
Batatas fritas contêm não apenas gorduras trans, que já foram relacionadas a uma longa lista de doenças, como também uma das mais potentes substâncias cancerígenas presentes em alimentos: a acrilamida, que é formada quando batatas brancas são aquecidas em altas temperaturas. Além disso, a maioria dos óleos utilizados para fritar as batatas se torna rançosa na presença do oxigênio ou em altas temperaturas, gerando alimentos que podem causar inflamações no corpo e agravar problemas cardíacos, câncer e artrite.

6 lugar: Salgadinhos de batata
Além de causarem todos os danos das batatas fritas comuns e não trazerem nenhum benefício nutricional, esses salgadinhos contêm níveis mais altos de acrilamida, que também é cancerígena.

5º lugar: Bacon
Segundo a nutricionista, o consumo diário de carnes processadas, como bacon, pode aumentar o risco de doenças cardíacas em 42% e de diabetes em 19%. Um estudo da Universidade de Columbia descobriu ainda que comer 14 porções de bacon por mês pode danificar a função pulmonar e aumentar o risco de doenças ligadas ao órgão.

4º lugar: Cachorro-quente
Michelle cita um estudo da Universidade do Havaí, que mostrou que o consumo de cachorros-quentes e outras carnes processadas pode aumentar o risco de câncer de pâncreas em 67%. Um ingrediente encontrado tanto no cachorro-quente quanto no bacon é o nitrito de sódio, uma substância cancerígena relacionada a doenças como leucemia em crianças e tumores cerebrais em bebes. Outros estudos apontam que a substância pode desencadear câncer colorretal.

3º lugar: Donuts (Rosquinhas)
Entre 35% e 40% da composição dos donuts é de gorduras trans, “o pior tipo de gordura que você pode ingerir”, alerta a nutricionista. Essa substância está relacionada a doenças cardíacas e cerebrais, além de câncer. Para completar, esses alimentos são repletos de açúcar, condicionadores de massa artificiais e aditivos alimentares, e contém, em média, 300 calorias cada.

2º lugar: Refrigerante
Michelle conta que, de acordo com uma pesquisa do Dr. Joseph Mercola, “uma lata de refrigerante possui em média 10 colheres de chá de açúcar, 150 calorias, entre 30 e 55 mg de cafeína, além de estar repleta de corantes artificiais e sulfitos”. “Somente isso já deveria fazer você repensar seu consumo de refrigerantes”, diz a nutricionista.
Além disso, essa bebida é extremamente ácida, sendo necessários 30 copos de água para neutralizar essa acidez, que pode ser muito perigosa para os rins. Para completar, ela informa que os ossos funcionam como uma reserva de minerais, como o cálcio, que são despejados no sangue para ajudar a neutralizar a acidez causada pelo refrigerante, enfraquecendo os ossos e podendo levar a doenças como osteoporose, obesidade, cáries e doenças cardíacas.

1º lugar: Refrigerante Diet
“Refrigerante Diet é a minha escolha para o Pior Alimento de Todos os Tempos”, diz Michelle. Segundo a nutricionista, além de possuir todos os problemas dos refrigerantes tradicionais, as versões diet contêm aspartame, que agora é chamado de AminoSweet. De acordo com uma pesquisa de Lynne Melcombe, essa substância está relacionada a uma lista de doenças, como ataques de ansiedade, compulsão alimentar e por açúcar, defeitos de nascimento, cegueira, tumores cerebrais, dor torácica, depressão, tonturas, epilepsia, fadiga, dores de cabeça e enxaquecas, perda auditiva, palpitações cardíacas, hiperatividade, insônia, dor nas articulações, dificuldade de aprendizagem, TPM, cãibras musculares, problemas reprodutivos e até mesmo a morte.
“Os efeitos do aspartame podem ser confundidos com a doença de Alzheimer, síndrome de fadiga crônica, epilepsia, vírus de Epstein-Barr, doença de Huntington, hipotireoidismo, doença de Lou Gehrig, síndrome de Lyme, doença de Ménière, esclerose múltipla, e pós-pólio. É por isso que eu dou ao Refrigerante Diet o prêmio de Pior Alimento de Todos os Tempos”, conclui.

França suspende diretor técnico após caso de racismo

30 de Abril de 2011

O Ministério do Esporte da França anunciou a suspensão do diretor técnico da Federação Francesa de Futebol (FFF), Francois Blaquart, um dia depois da publicação de uma reportagem bombástica que revelou que a entidade teria orientado clubes e escolinhas do país a limitarem a entrada de negros e árabes em suas equipes de base para que a próxima geração de jogadores franceses seja "branca" e "europeia".

Após o caso de racismo estourar, a FFF negou categoricamente a acusação, mas, pressionada pelo governo francês, ordenou a investigação que acabou provocando a suspensão de Blaquart. Em comunicado assinado em conjunto com a entidade que dirige o futebol francês, o Ministério do Esporte da França informou que a pena aplicada, de caráter preventivo, tem efeito imediato e a situação futura do dirigente agora dependerá do desenrolar das investigações.

Uma reportagem investigativa feita pelo site Mediapart revelou que o conselho técnico da FFF decidiu, em novembro do ano passado, passar instrução aos clubes e escolinhas oficiais para estabelecerem cota de apenas 30% para jogadores "não brancos", de ascendência africana e árabe, entre 12 e 13 anos de idade.

O presidente da FFF, Fernand Duchaussoy, e o técnico da seleção francesa, Laurent Blanc, negaram na última sexta-feira as acusações. O treinador da França chegou a chamar a reportagem, que o acusou de ser favorável à decisão, de uma "mentira".

No comunicado que publicou neste sábado, a FFF "reiterou que nenhum de seus dirigentes eleitos validariam ou sequer imaginariam uma política de cotas" para formação de jogadores para a seleção francesa.

Nos últimos anos, a seleção da França passou imagem de um país multicolor e seus craques, imigrantes ou filhos. Zidane, o maior astro da história do país, é muçulmano e filho de argelinos. Outros, como Anelka, Evra, Malouda e Thierry Henry também são do Magreb e da África.

Quando a França venceu a Copa do Mundo de 1998, o país se uniu e cunhou um termo que ficaria marcado na história da sociedade francesa: no lugar de azul, branco e vermelho da sua bandeira, a França seria "país do branco, negro e marrom", em referência à composição multiétnica de sua população.

http://br.esportes.yahoo.com/noticias/esportes-franca-suspende-diretor-tecnico-apos-30042011-25.html

ONU acusa Brasil de desalojar pessoas à força por conta da Copa e Olimpíadas

26 de Abril de 2011 10:03
Genebra, 26 abr (EFE).- A relatora especial da ONU para a Moradia Adequada, Raquel Rolnik, acusou nesta terça-feira as autoridades de várias cidades-sede da Copa do Mundo e do Rio de Janeiro, que receberá as Olimpíadas, de praticar desalojamentos e deslocamentos forçados que poderiam constituir violações dos direitos humanos.

"Estou particularmente preocupada com o que parece ser um padrão de atuação, de falta de transparência e de consulta, de falta de diálogo, de falta de negociação justa e de participação das comunidades afetadas em processos de desalojamentos executados ou planejados em conexão com a Copa e os Jogos Olímpicos", avaliou.

Raquel destacou que os casos denunciados se produziram em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Natal e Fortaleza.

A relatora explicou que já foram feitos múltiplos despejos de inquilinos sem que se tenha dado às famílias tempo para propor e discutir alternativas.

"Foi dada insuficiente atenção ao acesso às infraestruturas, serviços e meios de subsistência nos lugares onde essas pessoas foram realojadas", afirmou Raquel.

"Também estou muito preocupada com a pouca compensação oferecida às comunidades afetadas, o que é ainda mais grave dado o aumento do valor dos terrenos nos lugares onde se construirá para estes eventos", acrescentou a relatora.

Raquel citou vários exemplos, como o de São Paulo, onde "milhares de famílias já foram evacuadas por conta do projeto conhecido como 'Água Espraiada', onde outras dez mil estão enfrentando o mesmo destino".

"Com a atual falta de diálogo, negociação e participação genuína na elaboração e implementação dos projetos para a Copa e as Olimpíadas, as autoridades de todos os níveis deveriam parar os desalojamentos planejados até que o diálogo e a negociação possam ser assegurados".

Além disso, a relatora solicitou ao Governo Federal que adote um "Plano de Legado" para garantir que os eventos esportivos tenham um impacto social e ambiental positivo e que sejam evitadas as violações dos direitos humanos, incluindo o direito a um alojamento digno.

"Isto é um requerimento fundamental para garantir que estes dois megaeventos promovam o respeito pelos direitos humanos e deixam um legado positivo no Brasil", finalizou. EFE

http://br.esportes.yahoo.com/noticias/esportes-onu-acusa-brasil-desalojar-pessoas-26042011-40.html

Mensagem eletrônica de escola exemplar!

Esta é a mensagem que os professores de uma escola decidiram gravar na secretária eletrônica. A escola cobra responsabilidade dos alunos e dos pais perante as faltas e trabalhos de casa e, por isso, ela e os professores estão sendo processados por pais que querem que seus filhos sejam aprovados mesmo com muitas faltas e sem fazer os trabalhos escolares.

Eis a mensagem gravada:

- Olá! Para que possamos ajudá-lo, por favor, ouça todas as opções:
- Para mentir sobre o motivo das faltas do seu filho - tecle 1.
- Para dar uma desculpa por seu filho não ter feito o trabalho de casa - tecle 2.
- Para se queixar sobre o que nós fazemos - tecle 3.
- Para insultar os professores - tecle 4.
- Para saber por que não foi informado sobre o que consta no boletim do seu filho ou em diversos documentos que lhe enviamos - tecle 5.
- Se quiser que criemos o seu filho - tecle 6.
- Se quiser agarrar, esbofetear ou agredir alguém - tecle 7.
- Para pedir um professor novo pela terceira vez este ano - tecle 8.
- Para se queixar do transporte escolar - tecle 9.
- Para se queixar da alimentação fornecida pela escola - tecle 0.
- Mas se você já compreendeu que este é um mundo real e que seu filho deve ser responsabilizado pelo próprio comportamento, pelo seu trabalho na aula, pelas tarefas de casa, e que a culpa da falta de esforço do seu filho não é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia!"