terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Brasil dos brancos é rico; dos negros, muito pobre...

Prof Paixão: quando o Brasil terá os índices do Brasil só dos brancos ?

O programa Entrevista Record Atualidade que a Record News exibiu ontem mostrou uma entrevista com o professor Marcelo Paixão, do Instituto de Economia da UFRJ. Ele mostrou alguns dados que deveriam dar muito orgulho aos brasileiros (da elite):
Os negros brasileiros vivem seis anos menos que os brancos.
O número de analfabetos negros é o dobro do número de brancos.
A renda dos negros é a metade da renda dos brancos.
Os negros ficam dois anos a menos na escola que os brancos.
Se desmontarmos os números do IDH, índice do desenvolvimento humano, da ONU, veremos que se o Brasil fosse só dos brancos (O SONHO DA ELITE BRASILEIRA …) ficaria na 40a. posição do IDH.
O Brasil está na 70a.
Mas, se fosse só de negros, seria um país pobre africano e ficaria na 104a. posição.
Não, nada disso, nós não somos racistas.

Tanto assim, demonstra o professor Paixão, que entre 2003 e 2009 foram libertados 40 mil brasileiros.
Isso mesmo, amigo navegante, “libertados”, ou seja, abandonaram a posição de escravos, porque viviam em fazendas sob o regime servil: não recebiam remuneração para poder pagar dívidas impagáveis. Desses 40 mil escravos, 73,5% eram negros.

Ora direis, mas o Brasil é um país negro.
Sim, 50,5% da população é negra.
Mas, dos escravos, 73,5% são negros.
Não, amigo navegante, o professor Paixão exagera.
Não, não somos um país racista.

A última coisa de que o Brasil precisa é de ações afirmativas, como, por exemplo, cotas para negros nas universidades. Isso é recurso de país pobre, subdesenvolvido, como os Estados Unidos. E viva a democracia racial do Brasil !
Viva !

http://aldeiagriot.blogspot.com/2010/05/o-brasil-dos-brancos-e-rico-dos-negros.html

Desigualdade: o Brasil é rico, mas não é justo - Frei Betto

Relatório da ONU (Pnud), divulgado em julho, aponta o Brasil como o terceiro pior índice de desigualdade no mundo. Quanto à distância entre pobres e ricos, nosso país empata com o Equador e só fica atrás de Bolívia, Haiti, Madagascar, Camarões, Tailândia e África do Sul.

Aqui temos uma das piores distribuições de renda do planeta. Entre os 15 países com maior diferença entre ricos e pobres, 10 se encontram na América Latina e Caribe. Mulheres (que recebem salários menores que os homens), negros e indígenas são os mais afetados pela desigualdade social. No Brasil, apenas 5,1% dos brancos sobrevivem com o equivalente a 30 dólares por mês (cerca de R$ 54). O percentual sobe para 10,6% em relação a índios e negros.

Na América Latina, há menos desigualdade na Costa Rica, Argentina, Venezuela e Uruguai. A ONU aponta como principais causas da disparidade social a falta de acesso à educação, a política fiscal injusta, os baixos salários e a dificuldade de dispor de serviços básicos, como saúde, saneamento e transporte.

É verdade que nos últimos dez anos o governo brasileiro investiu na redução da miséria. Nem por isso se conseguiu evitar que a desigualdade se propague entre as futuras gerações. Segundo a ONU, 58% da população brasileira mantém o mesmo perfil social de pobreza entre duas gerações. No Canadá e países escandinavos, este índice é de 19%.

O que permite a redução da desigualdade é, em especial, o acesso à educação de qualidade. No Brasil, em cada grupo de 100 habitantes, apenas 9 possuem diploma universitário. Basta dizer que, a cada ano, 130 mil jovens, em todo o Brasil, ingressam nos cursos de engenharia. Sobram 50 mil vagas... E apenas 30 mil chegam a se formar. Os demais desistem por falta de capacidade para prosseguir os estudos, de recursos para pagar a mensalidade ou necessidade de abandonar o curso para garantir um lugar no mercado de trabalho.

Nas eleições deste ano votarão 135 milhões de brasileiros. Dos quais, 53% não terminaram o ensino fundamental. Que futuro terá este país se a sangria da desescolaridade não for estancada?

Há, sim, melhoras em nosso país. Entre 2001 e 2008, a renda dos 10% mais pobres cresceu seis vezes mais rapidamente que a dos 10% mais ricos. A dos ricos cresceu 11,2%; a dos pobres, 72%. No entanto, há 25 anos, de acordo com dados do IPEA, este índice não muda: metade da renda total do Brasil está em mãos dos 10% mais ricos do país. E os 50% mais pobres dividem entre si apenas 10% da riqueza nacional.

Para operar uma drástica redução na desigualdade imperante em nosso país é urgente promover a reforma agrária e multiplicar os mecanismos de transferência de renda, como a Previdência Social. Hoje, 81,2 milhões de brasileiros são beneficiados pelo sistema previdenciário, que promove de fato distribuição de renda.

Mais da metade da população do Brasil detém menos de 3% das propriedades rurais. E apenas 46 mil proprietários são donos de metade das terras. Nossa estrutura fundiária é a mesma desde o Brasil império! E quem dá emprego no campo não é o latifúndio nem o agronegócio, é a agricultura familiar, que ocupa apenas 24% das terras, mas emprega 75% dos trabalhadores rurais.

Hoje, os programas de transferência de renda do governo (incluindo assistência social, Bolsa Família e aposentadorias) representam 20% do total da renda das famílias brasileiras. Em 2008, 18,7 milhões de pessoas viviam com menos de metade do salário mínimo. Se não fossem as políticas de transferência, seriam 40,5 milhões. Isso significa que, nesses últimos anos, o governo Lula tirou da miséria 21,8 milhões de pessoas. Em 1978, apenas 8,3% das famílias brasileiras recebiam transferência de renda. Em 2008 eram 58,3%.

É uma falácia dizer que, ao promover transferência de renda, o governo está "sustentando vagabundos". O governo sustenta vagabundos quando não pune os corruptos, o nepotismo, as licitações fajutas, a malversação de dinheiro público. Transferir renda aos mais pobres é dever, em especial num país em que o governo irriga o mercado financeiro engordando a fortuna dos especuladores que nada produzem. A questão reside em ensinar a pescar, em vez de dar o peixe. Entenda-se: encontrar a porta de saída do Bolsa Família.

Todas as pesquisas comprovam que os mais pobres, ao obterem um pouco mais de renda, investem em qualidade de vida, como saúde, educação e moradia.

O Brasil é rico, mas não é justo.
Relatório da ONU (Pnud), divulgado

12 de agosto de 2010

Desigualdade: o Brasil é rico, mas não é justo - Frei Betto

Em julho, aponta o Brasil como o terceiro pior índice de desigualdade no mundo. Quanto à distância entre pobres e ricos, nosso país empata com o Equador e só fica atrás de Bolívia, Haiti, Madagascar, Camarões, Tailândia e África do Sul.

Aqui temos uma das piores distribuições de renda do planeta. Entre os 15 países com maior diferença entre ricos e pobres, 10 se encontram na América Latina e Caribe. Mulheres (que recebem salários menores que os homens), negros e indígenas são os mais afetados pela desigualdade social. No Brasil, apenas 5,1% dos brancos sobrevivem com o equivalente a 30 dólares por mês (cerca de R$ 54). O percentual sobe para 10,6% em relação a índios e negros.

Na América Latina, há menos desigualdade na Costa Rica, Argentina, Venezuela e Uruguai. A ONU aponta como principais causas da disparidade social a falta de acesso à educação, a política fiscal injusta, os baixos salários e a dificuldade de dispor de serviços básicos, como saúde, saneamento e transporte.

É verdade que nos últimos dez anos o governo brasileiro investiu na redução da miséria. Nem por isso se conseguiu evitar que a desigualdade se propague entre as futuras gerações. Segundo a ONU, 58% da população brasileira mantém o mesmo perfil social de pobreza entre duas gerações. No Canadá e países escandinavos, este índice é de 19%.

O que permite a redução da desigualdade é, em especial, o acesso à educação de qualidade. No Brasil, em cada grupo de 100 habitantes, apenas 9 possuem diploma universitário. Basta dizer que, a cada ano, 130 mil jovens, em todo o Brasil, ingressam nos cursos de engenharia. Sobram 50 mil vagas... E apenas 30 mil chegam a se formar. Os demais desistem por falta de capacidade para prosseguir os estudos, de recursos para pagar a mensalidade ou necessidade de abandonar o curso para garantir um lugar no mercado de trabalho.

Nas eleições deste ano votarão 135 milhões de brasileiros. Dos quais, 53% não terminaram o ensino fundamental. Que futuro terá este país se a sangria da desescolaridade não for estancada?

Há, sim, melhoras em nosso país. Entre 2001 e 2008, a renda dos 10% mais pobres cresceu seis vezes mais rapidamente que a dos 10% mais ricos. A dos ricos cresceu 11,2%; a dos pobres, 72%. No entanto, há 25 anos, de acordo com dados do IPEA, este índice não muda: metade da renda total do Brasil está em mãos dos 10% mais ricos do país. E os 50% mais pobres dividem entre si apenas 10% da riqueza nacional.

Para operar uma drástica redução na desigualdade imperante em nosso país é urgente promover a reforma agrária e multiplicar os mecanismos de transferência de renda, como a Previdência Social. Hoje, 81,2 milhões de brasileiros são beneficiados pelo sistema previdenciário, que promove de fato distribuição de renda.

Mais da metade da população do Brasil detém menos de 3% das propriedades rurais. E apenas 46 mil proprietários são donos de metade das terras. Nossa estrutura fundiária é a mesma desde o Brasil império! E quem dá emprego no campo não é o latifúndio nem o agronegócio, é a agricultura familiar, que ocupa apenas 24% das terras, mas emprega 75% dos trabalhadores rurais.

Hoje, os programas de transferência de renda do governo (incluindo assistência social, Bolsa Família e aposentadorias) representam 20% do total da renda das famílias brasileiras. Em 2008, 18,7 milhões de pessoas viviam com menos de metade do salário mínimo. Se não fossem as políticas de transferência, seriam 40,5 milhões. Isso significa que, nesses últimos anos, o governo Lula tirou da miséria 21,8 milhões de pessoas. Em 1978, apenas 8,3% das famílias brasileiras recebiam transferência de renda. Em 2008 eram 58,3%.

É uma falácia dizer que, ao promover transferência de renda, o governo está "sustentando vagabundos". O governo sustenta vagabundos quando não pune os corruptos, o nepotismo, as licitações fajutas, a malversação de dinheiro público. Transferir renda aos mais pobres é dever, em especial num país em que o governo irriga o mercado financeiro engordando a fortuna dos especuladores que nada produzem. A questão reside em ensinar a pescar, em vez de dar o peixe. Entenda-se: encontrar a porta de saída do Bolsa Família.

Todas as pesquisas comprovam que os mais pobres, ao obterem um pouco mais de renda, investem em qualidade de vida, como saúde, educação e moradia.

O Brasil é rico, mas não é justo.
Relatório da ONU (Pnud), divulgado

12 de agosto de 2010

Síntese de Indicadores Sociais 2010 do IBGE

Informação faz parte da Síntese de Indicadores Sociais 2010 do IBGE.
Aumentou frequência no nível superior entre estudantes de 18 a 24 anos

Um em cada dois jovens de 15 a 17 anos estava fora do nível de ensino adequado em 2009, mostra a Síntese de Indicadores Sociais 2010, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (17).

Segundo a pesquisa, 50,9% dos adolescentes nessa faixa etária estavam no ensino médio em 2009. Em 1999, eram 32,7% e em 2004 eram 44,2%. Entre as regiões do país, o estudo mostra que no Nordeste apenas 39,2% dos jovens dessa faixa etária estavam no nível médio em 2009. No Sudeste, eram 60,5%, no Sul, 57,4%, no Centro-Oeste, 54,7% e no Norte, 39,1%.

Na comparação entre rendimento familiar per capita, entre os 20% mais pobres do país, somente 32% dos adolescentes de 15 a 17 anos estavam no ensino médio contra 78% entre os 20% mais ricos do país em 2009.

A baixa escolarização adequada dos adolescentes decorre de atrasos no ensino fundamental, de acordo com o estudo. "É fato constatado que a maioria das crianças brasileiras ingressa neste ciclo (ensino fundamental) sem antes ter cursado o pré-escolar, o que acarreta, no início do processo, um atraso em média de dois anos", afirma o texto da síntese.

O problema pode ser percebido com o reduzido progresso no número médio de anos de estudo concluídos das crianças de 10 a 14 anos de idade, entre 1999 e 2009. Os anos de estudo das crianças de 10 anos passou de 2,2 para 2,3 no período. Aos 14 anos, a mudança foi de 5 para 5,8 anos.

A partir dos 15 anos de idade, o brasileiro tinha, em média, 7,5 anos de estudo, o que significa que não conseguiu concluir o ciclo fundamental obrigatório, de acordo com a pesquisa. "As evidências estatísticas revelam uma média muito baixa de anos de estudo concluídos, especialmente se comparada a outros países dos mesmos níveis de desenvolvimento econômico e social", diz a síntese do IBGE.

* A situação é pior entre os pardos e pretos. Daqueles que têm 15 anos ou mais, cada um dos grupos tinha, em média, 6,7 anos de estudo em 2009 contra 8,4 anos de estudo da população branca.*

O estudo cita ainda a qualidade do conhecimento adquirido pelos estudantes dos ensino fundamental e médio. De acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O índice estipula metas em torno de 6, em uma escala de 0 a 10, para 2021. Em 2009, o país teve 4,6 nas séries iniciais do ensino fundamental, 4 nas séries finais do mesmo nível e 3,6 no ensino médio.

A proporção de crianças de 0 a 5 anos escolarizadas melhorou. Foi de 23,3% em 1999 para 38,1% em 2009. Na faixa etária de 6 a 14 anos, a taxa foi se 94,2% em 1999 para 97,6% em 2009. Dos 15 a 17 anos, o índice foi de 78,5% para 85,2% no período.

*Ensino superior*

Na faixa etária de 18 a 24 anos, a maioria dos estudantes, 52%, ainda freqüentava nível de ensino abaixo do recomendado para a faixa etária. No entanto, a pesquisa do IBGE mostra que houve melhora na situação. Em 2009, 48% dos estudantes de 18 a 24 anos estavam no ensino superior contra 22,1% em 1999.

No ensino médio, a parcela dos estudantes de 18 a 24 anos diminuiu de 41% para 33,8%, no ensino fundamental passou de 24,8% para 8,3% e em outros, como cursinhos e educação de jovens e adultos, passou de 12,1% para 8,8%.

*O estudo mostra que 62,6% dos estudantes brancos de 18 a 24 anos cursavam o nível superior em 2009 contra 28,2% de pretos e 31,8% de pardos. A situação melhorou em relação a 1999, quando 33,4% dos brancos nessa faixa etária fazia o ensino superior contra 7,5% dos pretos e 8% dos pardos.*

*Abandono*

O Brasil mostra situação desfavorável na comparação com outros países da América Latina com relação às taxas de aprovação, reprovação e abandono, segundo a síntese do IBGE. Enquanto Chile, Paraguai e Venezuela têm taxas de aprovação superiores a 90% no ensino fundamental e médio, o Brasil tem taxas de 85,8% e 77% respectivamente. A Argentina tem 92,3% e 74,3% e o Uruguai tem 92% e 72,7% respectivamente.

As taxas de abandono do Brasil são 3,2% no ensino fundamental e 10% no ensino médio. No Chile, Paraguai e Venezuela, esses índices ficam abaixo de 3%. A Argentina tem 1,3% e 7% e o Uruguai tem 0,3% e 6,8% respectivamente.

Com relação à reprovação, o Brasil tem taxa de 11% no ensino fundamental e 13,1% no ensino médio. No Chile, Paraguai e Venezuela, os índices ficam abaixo de 8%. Na Argentina, são 6,4% e 18,8% e no Uruguai são 7,7% e 20,4% respectivamente.

*Educação e trabalho*

O país tinha apenas 15,2% das pessoas de 18 a 24 anos de idade economicamente ativas com mais de 11 anos estudo em 2009, mostra o IBGE. Em 1999, eram 7,9%. Com exatos 11 anos de estudo, eram 40,7% em 2009 e 21,7% em 1999.

Na faixa etária de 25 a 34 anos, a taxa era de 21,1% em 2009 contra 12,8% em 1999. Com exatos 11 anos de estudo, eram 34,9% em 2009 e 20,5% em 1999.

Segundo o estudo, o conceito de educação continuada se aplica às pessoas de 25 a 64 anos de idade e mostra o acesso à escola desse grupo na busca da melhora do nível educacional.

Em 2009, 5,7% desse grupo estava na escola. Entre as mulheres, a proporção é de 6,6%.

Na comparação com outros países, o Brasil também fica para atrás no grupo das pessoas de 25 anos ou mais. Esse grupo tem, em média, 7,1 anos de estudo. Dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que a maioria dos países-membros tem uma média superior a dez anos de estudo completos para a faixa etária de 25 a 64 anos. Como o Brasil, Portugal, México e Turquia são exceções.

* Segundo o IBGE, o país tinha 9,7% das pessoas de 15 anos ou mais analfabetas contra 13,3% em 1999. Entre os analfabetos, 32,9% têm 60 anos ou mais, 10,2% são pretos, 58,8% são pardos, 52,2% moram no Nordeste e 16,4% vivem com meio salário mínimo de renda familiar per capita.*

(G1, 17/9)

*Extraído: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=73524*

* *

Notícias

Sexta-Feira, 17 de setembro de 2010

JC e-mail 4098, de 17 de Setembro de 2010.

*Número de brancos no ensino superior ainda é o dobro do de pretos*

*Mais negros (pretos e pardos) têm entrado nas universidades, na última década, mas o número de brancos no ensino superior (62,6%) é o dobro dos percentuais de pretos (28,2%) e de pardos (31,8%), segundo IBGE*

Em 1999, entre os estudantes de 18 a 24 anos de idade que cursavam universidade, 33,4% eram brancos, 7,5% pretos e 8% pardos. Os dados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2009 divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

*Em relação à população com ensino superior concluído, o número de brancos é três vezes maior (15%), apesar de o número de pretos e pardos graduados ter crescido entre 1999 e 2009, passando de 2,3% (tanto para pretos quanto para pardos) para 4,7% e 5,3%, respectivamente. *

* No geral, os brancos têm mais acesso à educação em todos os níveis. As desigualdades se apresentam desde o analfabetismo, cuja a taxa nacional era de 13,3% em 1999 e passou para 9,7% em 2009. Apesar dos avanços registrados na última década, os pretos e pardos ainda apresentam o dobro da incidência de analfabetismo verificado na população branca: 13,3% dos pretos e 13,4% dos pardos são analfabetos, contra 5,9% dos brancos.*

Por fim, os brancos, em média, estudam 8,4 anos, enquanto os negros, 6,7 anos. Embora o indicador tenha melhorado entre pretos e pardos, em 2009, ainda está abaixo da escolaridade dos brancos em 1999, que era de 7 anos.

Na última década, a pesquisa também registrou que a diferença de rendimentos entre os negros e os brancos é de pelo menos 20%. No segmento mais rico da população, a síntese chama atenção para o fato de a proporção de pretos e pardos ser de 1,8% e de 14,2%, respectivamente.

"Trata-se de uma cifra ainda bastante distante da representatividade da população. Pretos e pardos são 6,9% e 44,2% das pessoas no Brasil em 2009, o que corresponde a uma maioria de 51,1% da população", avalia a pesquisa.

*O documento também alerta que a vulnerabilidade das pessoas negras diante dos indicadores requer "atenção para as políticas públicas", pois, famílias de cor preta e parda são maioria entre aquelas com filhos de até 14 anos.*

(Agência Brasil, 17/9)
Sexta-Feira, 17 de setembro de 2010
JC e-mail 4098, de 17 de Setembro de 2010.
*Extraído: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=73525*

Eu nunca tive um amigo negro - Cláudio César Dutra de Souza

Debate sobre raças

Publicada em 24/08/2010 - Artigo do leitor Cláudio César Dutra de Souza
Retirado de: http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2010/08/24/eu-nunca-tive-um-amigo- negro-917467096.asp


*Não costumo postar opiniões de leitores de jornais, mas essa é uma declaração assustadoramente (para os racistas anti-cotas) sincera.*

Nunca se discutiu tanto a questão racial no Brasil como na época da aprovação da lei das cotas para negros em nossas universidades públicas. Também foi esclarecedora a percepção de nossas limitações nesse assunto. Subitamente, fomos brindados com as mais sofisticadas teorias sobre a inexistência do conceito de "raça", que seriam muito bem vindas caso não estivesse totalmente deturpadas pelo nosso "racismo cordial". Branqueamos os nossos negros, paradoxalmente, para mantê-los afastados de nós e de qualquer compensação reparatória, mesmo que mínima.

Ao pensar em um suposto "conflito racial", algumas pessoas foram a público denunciar a inconstitucionalidade, a aberração e a inutilidade de uma política de cotas para negros, visto que não existe racismo no Brasil. Daiane dos Santos, Neguinho da Beija-Flor e Santos outros foram "branqueados" e alçados a sua genética condição européia que lhes excluiria de uma vaga especial pelo sistema de cotas. Ao lermos o livro de ficção científica de Monteiro Lobato, "O presidente negro", somos capazes de entender o que pode significar tais asserções e os aspectos políticos nelas envolvidos. Branqueamos os nossos negros, paradoxalmente, para mantê-los afastados de nós e de qualquer compensação reparatória, mesmo que mínima.

O fato é que somos racistas até a medula nesse país. Isso não significa que, em nossa história, queimamos negros vivos como muitas vezes aconteceu nos Estados Unidos na época da Klu-Klux-Klan ou que nossos negros fossem impedidos de sentar ao lado de brancos nos ônibus. Isso é tecnicamente incompatível com o nosso caráter cordial-lusitano, até mesmo porque é desnecessário quando os negros "sabem o seu lugar". E onde é esse lugar a qual designamos historicamente os nossos negros?

Basta pensar em qualquer garoto (a) de classe média branco (a) no Brasil em relação ao seu círculo próximo de amigos para se ter uma resposta muito rápida e precisa. Quase ninguém tem ou teve qualquer amigo negro. Quando falo em amigo não estou me referindo a conhecidos, mas sim, aqueles a quem dividimos nossos sucessos, alegrias, fracassos ou angústias. Aqueles que são convidados para dormir ou almoçar em nossas casas, bem como aqueles que podem se tornar objeto de nosso interesse amoroso. Eu jamais tive um amigo negro e tampouco alguma negra pela qual pudesse me apaixonar, pelo simples motivo que não convivi com eles na minha infância e adolescência como
estudante em uma escola privada de Porto Alegre. Eles simplesmente não existiam.

Quando veio ao Brasil em agosto de 1960, o filósofo Jean Paul Sartre percebeu com perplexidade a ausência de negros em suas concorridas palestras. "Onde estão os negros?", perguntou ele a certa altura para o constrangimento dos universitários ali presentes. Alguém responderia a Sartre que não havia negros no recinto tão somente por causa da falta de mérito dos mesmos em conquistar um lugar no espaço universitário? Nesse período, o dramaturgo Nelson Rodrigues também se perguntava: "Onde estão os
negros do Itamaraty? Procurei em vão um negro de casaca ou uma negra de vestido de baile. O Itamaraty é uma paisagem sem negros."

Alguém responderia a Sartre que não havia negros no recinto tão somente por causa da falta de mérito dos mesmos em conquistar um lugar no espaço universitário?

Nelson publicou em uma de suas "confissões" no jornal Última Hora em 26 de agosto de 1957 a seguinte observação acerca do teatrólogo e futuro senador da República Abdias do Nascimento: "O que eu admiro em Abdias do Nascimento é a sua irredutível consciência racial. Por outras palavras: trata-se um negro que se apresenta como tal, que não se envergonha de sê-lo e que esfrega a cor na cara de todo o mundo. (...) Eu já imagino o que vão dizer três ou quatro críticos da nova geração: que o problema não existe no Brasil. Mas existe. E só a obtusidade pétrea ou a má fé cínica poderão negá-lo. Não caçamos pretos, no meio da rua, a pauladas, como nos Estados Unidos. Mas fazemos o que talvez seja pior. A vida do preto brasileiro é toda tecida de humilhações. Nós o tratamos com uma cordialidade que é o disfarce pusilânime de um desprezo que fermenta em nós, dia e noite. Acho o branco brasileiro um dos mais racistas do mundo".

A exata localização de nossos negros me intriga. Essa inquietação já me levou a dirigir o meu olhar na esperança de encontrá-los, por exemplo, nas universidades em Porto Alegre. Munido desse olhar específico, passei dias no campus do Valle da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em busca de negros nas áreas comuns do campus e não os encontrei, salvo como funcionários da cantina. Em entidades particulares a experiência se repetiu exatamente da mesma forma. Tudo era uma branca e vasta paisagem, com poucas gradações de cor.

Intrigado com tudo isso, estendi a minha observação aos lugares na noite a quais frequento bares, restaurantes, cinemas e casas noturnas em geral. Eles não estavam lá. Não existem negros ou grupos de negros se divertindo junto com brancos ou estudando junto com brancos, salvo raras e honrosas exceções. Essa situação se repete nas principais cidades do Brasil, não sendo apenas um fenômeno típico de Porto Alegre.

Os negros estão nas periferias, nas favelas, nas escolas públicas mais suburbanas, nos presídios e em subempregos pelo país afora. É hipocrisia nossa imaginarmo-nos, por um instante que for, que vivemos em uma sociedade multicultural, inter-racial, ou qualquer coisa desse tipo. É urgente que nossos negros comecem a desenvolver certa consciência racial e a problematizar o lugar que ocupam dentro de uma sociedade racista como a nossa. Que exijam serem reconhecidos para além dos estereótipos e que ocupem os lugares reservados à elite branca. Que exijam a compensação por séculos de escravidão e exclusão a que foram obrigados pelo escravocrata branco. Se bem que, se a reação causada por um reles ensaio de ação afirmativa se deu em um nível histriônico, poderíamos esperar coisas piores de nossos alvos cidadãos em face de ações mais contundentes.

Fonte: http://aldeiagriot.blogspot.com/2010/ 08/eu-nunca-tive-um-amigo-negro.html

Sermão da Montanha - versão p/ professores

Igualzinho as escolas públicas estaduais e a Pedagogia do Sergio Cabral...


Jesus aguentaria ser um professor nos dias de hoje?

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discí­pulos e seguidores se aproximassem.
Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.
Tomando a palavra, disse-lhes:
- Em verdade, em verdade vos digo:
Felizes os pobres de espi­rito, porque deles são o reino dos céus.
Felizes os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque eles...
Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?
André perguntou:
- É pra copiar?
Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!
Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?
João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?
Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?
Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!
Tomé questionou:
- Tem uma formula pra provar que isso ta certo?
Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?
Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.
Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?
Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e especí­ficos? Quais são as suas estratégias para o levantamento dos conhecimentos prévios?

Caifas emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais?
Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discí­pulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estata­sticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto. E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor titular..

domingo, 19 de setembro de 2010

Voto nulo - parte 2

Voto nulo - parte 1

Manifesto em Defesa da Educação Pública no Rio de Janeiro

Não é mais possível esperar ou ficar parado. Os índices do IDEB ou do ENEM apenas revelaram aquilo que os profissionais da educação e o conjunto da sociedade civil no Rio de Janeiro já sabem há tempos: os sucessivos governos que passaram pelo nosso estado e pelos diversos municípios fluminenses nas duas últimas décadas destruíram as condições para o exercício de uma educação pública de qualidade.

Perdas salariais, falta de professores, salas superlotadas, grade curricular rebaixada, aplicação mínima de recursos em educação, absoluta falta de funcionários administrativos, superfaturamento de equipamentos, precarização do trabalho nas creches e na educação infantil, direções de escola indicadas por políticos ligados ao governo. O verdadeiro “rosário” de mazelas vivido pelas escolas públicas parece não ter fim. Apesar disso, professores e funcionários mantém as escolas funcionando e realizam o seu trabalho com o que resta de dignidade a uma categoria cada vez mais desmoralizada e desmotivada.

Temos testemunhado nos últimos anos o desmonte dos serviços públicos e a utilização das escolas, hospitais, etc como lavagem de dinheiro através de contratos milionários com empresas terceirizadas. É o caso do recente aluguel dos ar-condicionados, da compra de computadores, das obras de climatização. Tais “investimentos” não foram capazes de trazer dignidade aos profissionais e alunos, o que fica comprovado com o penúltimo lugar do IDEB e a saída de cerca de 20 professores por dia da rede estadual (por causa dos baixos salários). O segundo estado da federação é o que menos reverte os impostos pagos em serviços públicos para a população (segundo estudo do DIEESE). No município do Rio de Janeiro a ameaça de uma nova reforma da previdência anuncia a retirada de mais direitos dos trabalhadores e o aprofundamento do sucateamento dos serviços públicos. Ainda na rede da capital, a aplicação de uma política de gratificações produtivistas (14º salário) que na verdade retira direitos conquistados historicamente é a prova de que os projetos de educação dos atuais governos ainda podem piorar a situação.

A propaganda oficial mascara a situação real. Tentam nos vender a imagem de um serviço público eficaz através da privatização. No entanto a vida real é bem diferente. As promessas de campanha são oportunamente esquecidas e outras são reinventadas.

Não podemos nos calar diante de tal sordidez. A realidade virtual propagandeada nos desafia. Precisamos que o povo organizado através de sindicatos, associações, universidades, movimentos sociais construa, defenda e lute por um projeto de educação pública de qualidade, laica e socialmente referenciada. Um projeto que resgate os princípios da educação integral, da gestão democrática, da valorização de professores e funcionários, do investimento público em educação pública e tantos outros elementos que fizeram e fazem parte dos nossos sonhos e reivindicações.

É preciso dar uma resposta à sociedade em relação a toda essa publicidade negativa gerada pelos resultados do IDEB e do ENEM. A responsabilidade por estes resultados não pode ser jogada nas costas dos profissionais da educação. É fundamental demonstrar que não bastam boa vontade e esforço individual: sem recursos, valorização profissional e condições de trabalho, não haverá qualidade efetiva na educação pública

Neste dia 16 de setembro de 2010 nas escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia – palco de tantas lutas e vitórias em nossa história – as entidades e os militantes que lutam em defesa da educação manifestam o seu compromisso de reunir esforços para defender a escola pública e reconstruir nosso projeto de uma educação pública de qualidade, socialmente referenciada. Independente do resultado das próximas eleições, este é o projeto que devemos construir e conquistar nas lutas que certamente travaremos nos próximos anos.

Escolas públicas estaduais e da rede municipal do Rio paralisaram atividades hoje e realizaram manifestação

Nesta quinta-feira (16), os profissionais das escolas públicas estaduais e da rede municipal do Rio de Janeiro realizaram uma paralisação conjunta de 24 horas. A educação realizou uma marcha, da Candelária até a Cinelândia, com a presença de cerca de mil pessoas, em defesa da escola pública e dos serviços públicos de qualidade e contra a reforma da previdência do prefeito Eduardo Paes, contida no Projeto de Lei Constitucional nº 41. Ao final da marcha, na Cinelândia, foi realizado um ato, com o lançamento de um manifesto.

O movimento vai realizar uma assembleia conjunta, com a participação dos demais servidores e setores da sociedade, ainda em data a ser definida, para a implementação do Fórum em Defesa da Ensino Público.

A situação da rede estadual é muito grave: os profissionais de educação do estado têm mais de 60% de perdas salariais; mais de 20 professores, entre aposentados e exonerados, abandonam as salas de aula por dia; a grade curricular foi rebaixada para disfarçar a falta de professores; o governo aplica o mínimo de recursos em educação; existe uma enorme carência de funcionários administrativos; um superfaturamento de equipamentos; e vem ocorrendo um desmonte do primeiro segmento (pré à 4ª série).

Os servidores municipais exigem: o fim do PLC 41; o pagamento da dívida com o FUNPREVI; o cumprimento das responsabilidades do Tesouro Municipal com a Previdência dos servidores; e uma audiência pública na Câmara para a prestação de contas e debate com os servidores.

A educação pública reivindica também 22% de reajuste salarial para cobrir as perdas salariais. Um estudo do Dieese comprova que a prefeitura está longe do limite prudencial que exige a Lei de Responsabilidade Fiscal. Dessa forma, poderiam ser gastos quase R$ 1 bilhão a mais em 2010, com um reajuste salarial bem melhor que o de 4,21% concedido por Eduardo Paes.

Fora Cabral!

domingo, 5 de setembro de 2010

De identidade à desigualdade

(textos sobre a discussão do bimestre)
IDENTIDADE: “conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa (nome, idade, sexo, estado civil, filiação, etc.”. Ela é relacional, carregada de símbolos e está vinculada a condições sociais e materiais. Essa identidade nos fala, então, sobre a cultura, a época, as relações sociais e psíquicas as quais o indivíduo foi e/ou é submetido, ou seja, ela é também uma intersecção de diferentes componentes. É através dos significados produzidos por estas relações que encontramos sentido para aquilo que somos ou, ainda, para aquilo que podemos nos tornar.
Para falarmos em identidade precisamos falar também de diferença. A nossa identidade, muitas vezes, é descrita a partir do que ela não é. São essas diferenças utilizadas para promover classificações ou agrupamentos (ex: identidade nacional), que possibilitam divisões do tipo: nós/eles. Dessa forma, ao contrário do que possa parecer, identidade e diferença não são conceitos antagônicos; além de serem interligados, partilham uma importante característica, a de serem resultantes de uma atividade lingüística. Isso equivale dizer que não são essenciais, não são elementos naturais que estão a espera de se revelar ou serem descobertos. Ambos, para existir, precisam ser ativamente criados ou produzidos. Somos nós que criamos identidades e diferenças nas nossas relações sociais e culturais. Sob essas influências e diferenças, as posições que assumimos e com as quais subjetivamente nos identificamos, constituem nossas identidades.

ALTERIDADE: “qualidade de ser outro”, relação com um outro no qual não nos vemos refletidos. É oposto de identidade.

LINHAGEM OU GENEALOGIA: Linha de parentesco que estabelece um vínculo contínuo de descendência entre pessoas de várias gerações, podendo servir para a identificação de um grupo.

ETNIA: Refere-se à classificação de um povo ou de uma população de acordo com sua organização social e cultural, caracterizadas por particulares modos de vida.

ETNOCENTRISMO: sentimento genérico das pessoas que preferem o modo de vida do seu próprio grupo social ou cultural ao de outros. Visão de mundo na qual o centro de todos os valores é o próprio grupo a que o indivíduo pertence.

RAÇA: só há sentido usar o termo “raça” numa sociedade marcada pelo racismo. Do ponto de vista científico não existem raças humanas; há apenas uma raça humana. No entanto, do ponto de vista social e político é possível (e necessário) reconhecer a existência do racismo enquanto atitude.

RACISMO: É uma doutrina que afirma não só a existência das raças, mas também a superioridade natural e, portanto, hereditária, de umas sobre as outras. A atitude racista atribui qualidades aos indivíduos ou aos grupos conforme o seu suposto pertencimento biológico a uma dessas diferentes raças, portanto, de acordo com as suas supostas qualidades ou defeitos inatos e hereditários.

ESTEREÓTIPO: É um “molde” imposto com valores negativos a uma grupo ou a uma pessoa para inferioriza-la.

PRECONCEITO: Qualquer atitude negativa em relação a uma pessoa ou a um grupo social que derive de uma idéia preconcebida sobre tal pessoa ou grupo; é um pré-juízo.

DISCRIMINAÇÃO: Ação de discriminar, tratar diferente, anular, de tornar invisível, excluir, marginalizar.

DIFERENÇA: Viva a diferença com direitos iguais!

DESIGUALDADE: hierarquização entre indivíduos e/ou grupos não permitindo um tratamento igualitário (em termos de oportunidades, acesso a bens e recursos etc.) a todos/as.

Trabalhos do 3° bimestre

Trabalho 1 – montar uma árvore genealógica familiar, demonstrando as relações de parentesco entre as pessoas. Em seguida, fazer uma legenda com os nomes e as características de cada pessoa: aspectos corporais; nascimento; idade atual ou óbito; doenças que tiveram (ou morreram de que); descendente de que tipo humano; vivem/viveram em que região do Brasil; o que comem/comiam; que festas, danças, brincadeiras, trabalhos e artes fazem/faziam.

Trabalho 2 – contar uma história usando os elementos pesquisados por você e montados na árvore genealógica, como se fosse uma história para as gerações novatas, com o intuito de ilustrar um pouco a vida de seus antepassados familiares.