Ser criativo é ser inovador, exploratório, aventuroso, impaciente, além de atraído pelo desconhecido.
O estudante com criatividade é menos ajustado em relação aos companheiros do que o aluno médio. Além de mais interessado em suas próprias idéias do que em popularidade e aceitação, ele tende a ser irônico em relação à obsessão de seus colegas com roupas, namoros e malhação.
Este aluno costuma procurar tarefas difíceis, que não raro combinam diversas áreas de conhecimento, e, frequentemente, pensa inconvenientemente e infringe as regras. Na verdade, o aluno criativo é, muitas vezes, desleixado e precipitado, mais atento a idéias do que à aparência e menos preocupado em merecer a aprovação do professor.
Sem dúvida, os educadores preferem as crianças e adolescentes de elevado Q.I. aos de alta criatividade, cujos interesses menos convencionais podem levá-los a explorar áreas que não se ajustam particularmente ao currículo.
Crianças criativas podem ser abertamente enérgicas, independentes, rebeldes e emocionalmente expressivas. Na verdade, essas características podem ser uma fonte de aborrecimentos para um professor atarefado, quem muitas vezes não consegue (ou sabe) apreciar plenamente as potencialidades dessas crianças.
Uma das características mais comuns do aluno criativo é sua tendência para fazer perguntas – que podem embaraçar e irritar o professor.
Para que haja educação criativa, é necessário que alunos e professores se encontrem como pessoas. O professor criativo tem o cuidado de não imprimir sua personalidade indevidamente no assunto, para evitar o risco de não mais falar diretamente aos alunos.
Em seu mais profundo sentido, ser criativo é realizar-se como pessoa.
Aluno e professor precisam ser salvos de um sistema que não mais educa, apenas processa multidões.
Fonte: jornal Extra de 20 de abril de 2008 – Revista Bem-viver, p.3.
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