Por que a escola ainda é chata? Por que os alunos adoram quando bate o sinal (do recreio e da saída)? Por que, quando tem feriadão chegando, parece que os alunos contam os dias e reclamam que o tempo não passa? Por que, quando algum colega falta, escutam-se gritos e comemorações? E, finalmente, por que quando há tempo livre, tooodo mundo vai pro pátio "mexer o esqueleto"? É corda, pique, futebol...
Nossos alunos, geralmente tão interessados pela vida fora dos muros da escola, parecem cada dia mais entediados com o amontoado de saberes que, toooodos os dias, a escola os faz engolir. Por que a escola não é tão legal quanto poderia ser?
O que irrita e enfada os alunos na escola é sentir-se "(...)como uma cabeça numa bandeja, num horrível pesadelo de tetraplegia intelectual"(Morais,2000). O fato de a escola amontoar saberes e não dar-lhes significado faz com que o pensar cosmicamente/ecologicamente não se realize. Onde está o conhecimento que perdemos na informação?; onde está a sapiência que perdemos no conhecimento?, pergunta-nos
Morin...
Na medida em que a escola parece um muro cinza à parte da vida, ela não é uma escola da ou para a vida... Não a vida em sua plenitude. Como afirma Chalita (2001), se um ser humano fosse congelado no séc. XIX e acordasse hoje, provavelmente o lugar em que se seniria mais à vontade seria... a escola! Hmmm, vejamos: quadro negro, giz, livros, professor derramando informações e... alunos sentados! "Ah, isso eu
conheço bem!", pensaria.
De fato, é mais que urgente a necessidade de enxergar o corpo, de fazer fluir o conhecimento entre as disciplinas, de mesmo atravessá-las e confundi-las.
O corpo teria papel fundamental. Ao realizar atividades corporais (fora das cadeiras!!!), é possível, apenas à primeira vista (tipo 'brain storm'), trabalhar, ensinar e refletir sobre:
- O corpo humano (seua aspectos mais superficiais ou profundos, saúde etc); Biologia/Ciências/Ed. Física/Química/
- Matemática & Física: resolução de problemas em cima das questões surgidas nas atividades corporais, de jogos, espontâneas, etc. Quantidade de alunos, de material; tempo, espaço,velocidade, área, etc.
- Português: questões surgidas entre os alunos como tema de redação, trabalhos de grupo, trabalhar gramática em cima de frases surgidas das conversas/questões entre alunos.
Tá legal, a escola também tem coisas legais, ela não é esse monstro todo; mas ela podia - e deveria - ser muito mais prazerosa... Utopia? Como diz Galeano (foi ele quem eu vi dizer):"Ela dá dois passos para trás, eu dou mais dois adiante." Há muito a se fazer...
(fonte perdida...)
Casou, mas não sarou
Há 4 anos
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