O movimento, que é associado ao trabalho e também à transformação, tradicionalmente é relegado a um campo marginal de conhecimento no meio escolar. Entretanto, sua suposta “ausência” entre os educandos sempre esteve presente, principalmente na estrutura organizacional escolar e nas idéias, formando assim pessoas “estagnadas” – tanto no aspecto corporal, quanto no campo de pensamentos e sentimentos (obs.: esta ilustração é didática apenas, pois assumo a concepção de ser humano integral e as linhas “teóricas” correspondentes, não concebendo tais divisões como realmente existentes). A própria expressão “educação física” demonstra esta problemática.
Entendendo que o movimento é essência da, ou melhor, é a própria vida, a educação física teria enquanto objeto de conhecimento o ser humano e sua relação com o movimento. Assume-se assim a questão da transformação dos paradigmas clássicos da área, como a tendência tradicional e tecnicista, assim como a forte influência esportivista. Árdua tarefa, visto que é uma minoria de educadores da área alinhados com a transformação, reforçando a situação e colaborando para a passividade de seus educandos e a manutenção de suas limitações.
Temos nesta proposta algumas abordagens específicas. Estas são:
Educação SOBRE o movimento – na qual os temas tratados estão relacionados com: cinesiologia, anatomia, fisiologia, história, psicologia “do esporte” etc..
Aprender sobre o organismo ou o chamado “corpo biológico” e a relação com suas mudanças, ou seja, seus movimentos.
Educação ATRAVÉS do movimento – na qual se trata da reflexão de valores, como saúde, doença, estética, ética, tempo livre, socialização etc.. Aprender que todo movimento e gesto têm inculcado valores, que traduzem uma cultura e muitas vezes os praticamos sem questionamento ou crítica, ficando apenas reproduzindo-os.
Educação PELO/EM movimento – na qual enfoca a participação ativa no movimento, implicando no conhecimento de si e do outro, do mundo. Neste se projeta o autoconhecimento e a terapêutica, no sentido em que se identifica motivos para se continuar ou mudar, juntamente com o “fazer” coerente com estas forças.
Com o intuito de provocar e propocionar movimento aos educandos, nas suas diversas formas (ou seja, didaticamente: tanto movimentos “corporais” tanto como de “pensamentos e sentimentos”), é que temas, conteúdos e metodologias foram escolhidos.
Introdução do Planejamento Anual para a Educação Física no Nono Ano do Ensino Fundamental, do Prof. Bruno.
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